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Grampos: CPI investiga HSBC por espionar bancários

Redação - Folha do Paraná
29 mai 2001 às 15:54

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O Banco HSBC fez escuta clandestina de telefones de dirigentes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana entre 1997 e 2000, com auxílio de policiais militares do Paraná. Essa denúncia foi formalizada pela manhã pelo presidente do sindicato, José Daniel Farias, aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia.

O sindicato está processando o banco na 20ª vara cível, onde requer uma indenização por danos morais. "Dirigentes sindicais e seus familiares foram alvo de escutas clandestinas promovidas pelo Banco HSBC", afirmou Farias.

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Além de escutas telefônicas, os sindicalistas tiveram seus sigilos fiscais quebrados e houve infiltração de agentes do banco no sindicato. "Quem é mais antigo no movimento sindical lembra que esse tipo de coisa acontecia no período da ditadura, não imaginava que pudesse se repetir agora". O sargento da PM, Jorge Luis Martins, e a empresa Centro de Investigação Empresarial (CIE), foram contratados pelo banco para desenvolver trabalhos na área de informações.

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As investigações clandestinas estavam sob responsabilidade do Centro de Inteligência do HSBC no Brasil, que é dirigido pelo coronel reformado do exército americano, Lewis Keith. A "arapongagem" foi descoberta pelo sindicato porque o sargento da polícia militar, contratado pelo Centro de Inteligência do HSBC foi demitido em 1999.

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Em função da demissão, Martins procurou o sindicato para acionar o banco na Justiça. Ele contou as funções que desenvolvia na empresa privada e isso gerou uma denúncia na polícia militar.



O Comando do Policiamento da Capital (Copom) abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) no ano passado para investigar desvio de conduta do sargento. O estatuto da PM proíbe que policiais em serviço sejam contratados pela iniciativa privada. O IPM 088/2000 foi encerrado em janeiro desse ano com a solicitação de exoneração do policial.

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O sargento está recorrendo da decisão ao governador do Estado. Ele diz que foi contratado pelo banco por determinação do comando da polícia. Segundo o advogado do sargento, Maurício Mota Canto, "meu cliente agiu sob ordens expressas do comando e tenho certeza que ele conseguirá reverter a exoneração". Diante das acusações, o sargento relatou todas as ações do centro de inteligência do HSBC no IPM. Cópia desse material foi repassado ao Sindicato dos Bancários que decidiu abriu um processo civil contra o banco. O Sindicato também informou o Banco Central sobre as possíveis atividades ilícitas.
Diante da gravidade das denúncias, os deputados da CPI da Telefonia decidiram convocar todos os citados no IPM e no processo movido pelo Sindicato dos Bancários nas próximas semanas. Para a reunião da próxima quinta-feira serão convocados a depor o chefe da casa militar, coronel Luiz Antonio Borges Vieira, e o secretário especial da chefia do gabinete do governador, Gerson Guelman. Na outra semana serão convocados o sargento exonerado da PM e diretores da empresa CIE, que prestavam serviços ao HSBC.


A Comissão também possui cópias de Recibos de Pagamentos de Autônomos (RPA) do HSBA a delegados da polícia civil, policiais militares e federais. Os deputados querem explicações do banco sobre o motivo desses pagamentos e se eles não ferem os estatutos policiais.

Leia mais sobre a CPI dos Grampos na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira


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