O secretário de Segurança Pública, José Tavares, determinou a abertura de um processo administrativo para apurar "desvios de função" de policiais civis e militares no suposto esquema de espionagem do HSBC.
Em nota oficial, Tavares disse que um "delegado especial" será designado para apurar as denúncias. O secretário vai pedir também ao procurador-geral do Ministério Público, que designe um promotor de Justiça para acompanhar o caso.
Tavares irá solicitar cópias dos documentos anexados ao processo movido pelo Sindicato dos Bancários contra o HSBC ao juiz da 20ª Vara Cível. Sobre a situação do ex-sargento Jorge Luiz Martins, a secretaria informou que ele foi expulso "após comprovação de que exercia atividades paralelas, incompatíveis com o regulamento da Polícia Militar do Paraná."
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O delegado-geral da Polícia Civil, Leonyl Ribeiro, disse que "a apuração será a mais breve possível". Ele está à espera de documentos sobre o caso para iniciar o processo administrativo na Corregedoria. Caso alguma irregularidade seja comprovada, os policiais envolvidos poderão ser exonerados ou suspensos das funções.
O setor de comunicação social da PM comunicou também que Martins terá de provar na Justiça que trabalhava no HSBC a mando de superiores. A direção da empresa CIE, citada pelo Sindicato dos Bancários no processo contra o HSBC, não quis se manifestar sobre o caso. Um homem que se identificou apenas como "advogado da empresa" negou que a empresa tivesse participação em esquemas de espionagem no banco.
A assessoria de imprensa do HSBC também negou a existência de um sistema de espionagem contra o sindicato. Para a direção, os documentos apresentados na CPI da telefonia não são verdadeiros. A versão do banco é de que Martins estaria agindo por vingança. O ex-policial foi demitido do banco em fevereiro do ano passado e excluído da Polícia Militar no dia 22 de março deste ano. A direção do HSBC assegurou que se for convocada, vai prestar todos os esclarecimentos perante a CPI da Telefonia.