O governador Jaime Lerner (PFL) foi vaiado hoje (20/07) em Paranavaí por estudantes, professores e mulheres de policiais militares, que de manhã sofreram agressão na porta do 8º Batalhão da PM. A dona-de-casa Silvana Souza, mulher de um soldado, registrou queixa na delegacia contra o tenente Virgulino Alves da Silveira. Ela alega que tentava impedir a saída de viaturas do batalhão, quando o tenente chegou xingando. ''Ele me abraçou e me arrastou para o lado'', conta Silvana, que está grávida de três meses.
O comandante do 8º BPM, major José da Silva, disse que a agressão ''é versão delas''. Ele garantiu, hoje de tarde, que já havia aberto um procedimento interno para apurar a denúncia, e que nunca autorizou o uso da força para impedir o movimento das mulheres. ''O tenente disse que tirou ela para dar passagens às viaturas''. A intenção das mulheres era impedir que as viaturas acompanhassem a comitiva do governador.
Antes de deixar o aeroporto, Lerner disse que a PM do Paraná é a que está em ''melhor situação'' no País. ''Mas vamos trabalhar para melhorar ainda mais''. O governador adiantou no entanto que não vai permitir que qualquer manifestação tire os policiais das ruas.
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Ao deixar o aeroporto, Lerner foi obrigado a enfrentar a manifestação, que se repetiu no centro da cidade onde ele inaugurou o Banco Social. O forte aparato de segurança montado na cidade, principalmente pela PM, não impediu os manifestantes de se aproximarem do governador.
A maior ''bronca'' dos professores e sindicalistas que estavam na manifestação é a falta de diálogo do governador. ''Já tentamos de tudo, mas não tivemos respostas'', disse o presidente do núcleo da APP Sindicato em Paranavaí, Ismar Delfino. Ele diz que o maior problema dos servidores do Estado, no interior, é a falta de assistência médica. ''Estamos abandonados'', desabafou.