O deputado estadual Hermas Brandão, presidente da Assembléia Legislativa, confirmou que vai se filiar ao PSDB na semana que vem e levará com ele cerca de 30 prefeitos da região de Andirá (no Norte Pioneiro). Ele já iniciou uma série de conversações com parlamentares da Assembléia Legislativa para aumentar a bancada do PSDB de seis para oito deputados estaduais.
Para isto, ele contará com a permanência no partido de Luiz Fernandes Litro (considerado traidor do tucanato antigo por ter votado contra o projeto de iniciativa popular que previa a revogação da privatização da Copel) e Sérgio Spada. "Poderíamos ter ainda a vinda de muitos deputados estaduais para o PSDB, mas temos que articular para não enfraquecer partidos que podem continuar sendo nossos aliados políticos", afirmou ele, sem querer nominar os partidos aliados.
Até o dia 2 de outubro, Hermas Brandão pretende ter bons nomes para compor a listagem de parlamentares que irão concorrer às eleições no ano que vem. Pessoalmente, ele tem conversado também com outros políticos que não cumprem cargos eletivos mas que poderão reforçar o PSDB do Paraná.
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O deputado Hermas Brandão tem mantido também contato com secretários de Estado na tentativa de levá-los para o PSDB. Estão sendo sondados os secretários Antonio Poloni (Agricultura), Nelson Justus (Transportes), Eduardo Sciarra (Indústria e Comércio) e José Tavares (Segurança Pública). Destes, o único que já teria acenado positivamente com a mudança partidária seria Poloni, que deverá se desincompatibilizar em abril para ser candidato a deputado estadual.
Outros secretários de Estado que sairão candidatos nas eleições do ano que vem, não deverão ingressar no PSDB. Este é o caso do secretário Chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, que permanecerá no PFL e será candidato a deputado federal. "O PTB e o PFL continuam sendo partidos confortáveis para o governo do estado. Não existe porque fazermos uma debandada para o mesmo partido. Temos que pensar numa frente ampla de partidos para as eleições de 2002", afirmou o secretário.
O próprio secretário de Estado da Comunicação, Rafael Greca de Macedo (PFL), que deverá sair candidato no ano que vem, acredita que o momento político dentro do PSDB ainda é muito instável por causa das constantes ações e pedidos de liminares impetrados na Justiça. O secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Lubomir Ficinski (PSB), também avalia a possibilidade de mudança partidária, mas quer acompanhar até o prazo final o desenvolvimento dos procedimentos impetrados pelo grupo do senador Álvaro Dias na Justiça. "Não descarto a possibilidade de ir para o PSDB. Mas vou analisar se existe viabilidade, se o quadro é estável para tanto", avaliou.
Ex-tucanos - Os deputados José Maria Ferreira, Neivo Beraldin, Augustinho Zucchi e Renato Gaúcho estão fazendo os últimos acertos para ingressarem no PDT. Eles esperam conversar com as bases eleitorais antes de anunciar o futuro partidário. A previsão é a de que a decisão da bancada seja anunciada até o dia 29. "Se for confirmada a nossa previsão, o PDT vai ser uma das maiores bancadas da Assembléia Legislativa", discursou o deputado José Maria. Ele ainda tem esperanças de que Spada deixe o PSDB, apesar de admitir dificuldades para o parlamentar com o PDT de Foz do Iguaçu.