O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) elogiou a investigação feita pela Controladoria-Geral do Município, que revelou esquema de suborno entre servidores e construtoras durante a sua gestão, mas falou em denúncias durante a passagem do atual prefeito Fernando Haddad (PT) pelo Ministério da Educação, entre 2005 e 2011. Apesar das críticas, Kassab também reforçou a aliança nacional com os petistas durante evento nesta sexta-feira (1) no Instituto Sírio-Libanês, na capital paulista.
"Quando foi ministro (Haddad), teve diversos casos de servidores de seu ministério que foram denunciados por seus desmandos e medidas foram aplicadas. Na minha gestão na prefeitura, da mesma maneira", apontou Kassab, que negou responsabilidade em relação ao caso de corrupção. Ele afirmou que soube do problema apenas no fim do governo pela Corregedoria e que o servidor denunciado à época foi demitido.
Na quinta-feira (31) Haddad disse que as irregularidades foram descobertas porque sua administração criou os instrumentos para que isso fosse feito. "Nós modernizamos a máquina em pouco tempo. Esse procedimento não existia na gestão anterior", disse, referindo-se à criação da Controladoria-Geral do Município.
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Kassab ainda descartou a hipótese de retaliação da Prefeitura à bancada do PSD na Câmara dos Vereadores após a votação do aumento do IPTU, em que a maioria dos pessedistas deram voto contrário. "Não teve racha nenhum. A bancada do PSD vota de acordo com suas convicções", disse ele, que é presidente nacional da sigla. Para Kassab, vincular a investigação à votação na Câmara é uma "injustiça" com o prefeito Haddad. "É uma ação que, pelas manifestações do Ministério Público, foi iniciada há alguns meses", disse.
Na mira de petistas e tucanos, que pleiteiam reforço do PSD para as eleições do ano que vem, Kassab destacou a aliança nacional com o PT. Sobre a possibilidade de mudar o apoio caso José Serra (PSDB) se candidate à Presidência da República, Kassab disse que não pode decidir pela legenda. "Não sou dono do partido", alegou. O ex-prefeito ainda elogiou o currículo e a trajetória de Serra, mas ressaltou que a legenda sinaliza apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2014.