O presidente Hugo Chávez, da Venezuela, aceitou a oferta da presidente Dilma Rousseff para se tratar do câncer "da região pélvica" em um hospital de São Paulo. O comunicado da aceitação foi feito nesta quinta-feira (14), em um encontro no Planalto que reuniu a presidente Dilma, o chanceler venezuelano, Nicolas Maduro, o embaixador do país em Brasília, Maximilien Sánchez Arveláiz, e o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, ministro Marco Aurélio Garcia.
A tendência é que o tratamento seja no hospital Sírio Libanês. Maduro veio ao Brasil em viagem sigilosa, sem agenda oficial e sem anúncio do encontro no Planalto com a presidente Dilma. A presidente havia feito a oferta logo que soube que Hugo Chávez, 56 anos, se submeteu em Havana (Cuba), no mês passado, a uma cirurgia de retirada de um tumor cancerígeno.
O Estado apurou que o convencimento definitivo aconteceu no dia 5 de julho, terça-feira da semana passada, quando, em Caracas, foi comemorado o bicentenário da independência da Venezuela. Na ocasião, estavam presentes os presidentes da Bolívia, Paraguai e Uruguai - respectivamente, Evo Morales, Fernando Lugo e José Mujica - e de, praticamente, todos os chanceleres latino-americanos.
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Após o fim do desfile, os três presidentes foram levados ao Palácio de Miraflores para um rápido encontro com Chávez. Ele agradeceu a presença dos três e fez uma saudação especial a Lugo, que se recuperou de câncer linfático após semanas de tratamento no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Lugo, relatou hoje um diplomata venezuelano, disse a Chávez que ele deveria aceitar a oferta da presidente Dilma porque ele foi salvo pelos médicos do hospital brasileiro.