A votação do projeto popular que quer o fim do processo de privatização da Copel pode ser adiada para a próxima semana. Os estudantes que invadiram o plenário continuam no local e alguns deles até portam cobertores, dando mostras que podem tentar acampar no local.
O presidente da mesa executiva da Assembléia, Hermas Brandão (PTB) está reunido com a lideranca do governo para tentar um acordo que leve a votação dos projetos para a próxima segunda-feira. A situação gostaria de votar o projeto ainda hoje, para não dar chance de deputados mudarem de posição, mas para isso teriam que retirar os estudantes. A retirada só poderá ser feita com o uso da força, o que pode manchar ainda mais este processo de provatização.
Os estudantes já haviam marcado um protesto para esta terça-feira, que é o Dia dos Estudantes. Quando encontraram a votação da privatização na Assembléia, tentaram entrar nas galerias, mas foram impedidos. Então, forçaram um portão que permanecia fechado, conseguiram abri-lo e invadiram o plenário.
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Por volta das 13h30, o arcebispo D. Pedro Fedalto, foi até a Assembléia e reuniu-se com o presidente da casa. Ele pediu a Hermas Brandão que adiasse a votação em troca de uma retirada pacífica dos estudantes. Brandão não deu nenhuma resposta imediata e preferiu reunir-se com a liderança do governo para tentar alguma solução. Deu prazo até as 15 horas para uma resposta, mas o prazo já está vencido.
O projeto de iniciativa popular é o primeiro na istória de todas as assembléias legislativas do País. Ele pede o fim od processo de privatização da Copel. Na madrugada, a contagem informal de votos mostrava que o governo tinha uma vantagem de 27 votos contra 25 para a derrubada do projeto. Os deputados contrários à privatização estavam ameaçando entrar na Justiça contra o processo de votação.