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Investigação pode mudar de rumo em Mariluz

Dimitri do Valle - Folha do Paraná
05 jun 2001 às 11:14

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Uma rixa pode mudar as investigações sobre os assassinatos do vice-prefeito de Mariluz, Ayres Domingues (PPS), e do presidente do partido, Carlos Alberto de Carvalho, o Carlinhos Gordo. O ex-secretário de Ação Social, Élcio Freitas, foi investigado por supostas irregularidades à frente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rancho Alegre. Carlinhos Gordo estava produzindo um dossiê sobre o caso. No depoimento de um dos envolvidos nas mortes, Freitas chegou a fazer ameaças contra Gordo.

Domingues e Carlinhos Gordo foram mortos pelo ex-PM José Lucas Gomes no começo de março. O prefeito da cidade, padre Adelino Gonçalves (PMDB), foi acusado por Élcio Freitas de ser o mandante das mortes. Freitas, padre Adelino e Alexsandro do Nascimento, ex-diretor do departamento de compras da Prefeitura, estão presos. A suspeita de que Freitas tramava contra Carlinhos Gordo está registrada no depoimento que Nascimento deu ao Ministério Público em abril.

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De acordo com Nascimento, nos dias anteriores aos assassinatos, Élcio Freitas falou a ele que Carlinhos Gordo preparava-se para denunciá-lo por "eventuais irregularidades por ocasião da administração do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rancho Alegre". Gordo estaria juntando provas de que Freitas embolsava aposentadorias de agricultores. Freitas teria dito a Nascimento que "iria pedir para uma pessoa dar uma prensa em Carlinhos, porque ele não sabia com quem estava mexendo."

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Nascimento afirmou que Freitas não revelou quem executaria o serviço, mas reforçou "que faria com o Gordo o mesmo que fez com um senador". Freitas estaria se referindo ao senador Olavo Pires (PMDB), assassinado em 1990 durante a eleição para o governo de Rondônia. Na época, ele era um dos assessores de Pires. Depois de sua morte, Freitas mudou-se para o interior do Paraná. A morte do senador ainda é um mistério.


Outra tese de que Freitas seria o principal interessado na morte de Gordo está no depoimento do ex-PM José Lucas Gomes, contratado para executar o crime. Gomes inocentou Adelino Gonçalves e disse que foi contratado por Freitas para cometer o assassinato. O ex-PM alegou que foi torturado para confessar que o padre planejou as mortes. A polícia negou a prática.

A defesa do prefeito de Mariluz ingressou ontem no Tribunal de Justiça com um pedido para que ele fique em prisão domiciliar. Adelino Gonçalves está recolhido no Batalhão de Polícia de Guarda, no Presídio do Ahú, em Curitiba. Ele deveria ser transferido para o batalhão de Cruzeiro do Oeste. O comando do quartel alegou não dispor de instalações para receber o prefeito. Com base na recusa, a defesa quer que o padre permaneça preso em casa até o julgamento.


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