Os senadores Alvaro e Osmar Dias disseram que querem reeditar a aliança entre o novo partido deles, o PDT, e o PMDB do senador Roberto Requião para disputar o governo do Estado. Na eleição de 1998, o peemedebista foi o cabeça de chapa. Agora, é um pedetista que também quer disputar a candidatura majoritária. Alvaro diz que só sai do páreo se Requião estiver melhor cotado nas pesquisas.
"Eu abriria mão da candidatura se sentisse que o meu nome não será o indicado na pesquisa de opinião", afirmou Alvaro. Nas primeiras projeções divulgadas este ano, ele aparece em primeiro com cerca de 40% das intenções, seguido de Requião com pouco mais de 20%. "Pesquisa é um critério que eu coloco sempre", acrescentou o senador durante coletiva na sede estadual do PDT em Curitiba, na primeira visita oficial depois da saída do PSDB.
Já Osmar discordou do irmão. "A pesquisa pode ser um dos critérios, mas nunca deve ser o único", disse. "O que eu sei é que o candidato do PMDB não aceita pesquisa como critério (Requião defende a convenção partidária)", observou. Apesar do impasse, Osmar acredita que será possível costurar um entendimento com o PMDB. "Temos muito tempo para conversar. Estamos a praticamente um ano das convenções partidárias. Talvez, a formalização de uma aliança agora seja precipitada. É necessário pensar antes um projeto para o Estado."
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O presidente estadual do PDT, Nelton Friedrich, disse que "é preciso insistir numa grande coalizão de forças". Sobre o alerta feito por Requião, de que o PDT teria um acordo já firmado para integrar a chapa encabeçada pelo PMDB, Friedrich respondeu que "as circunstâncias podem alterar caminhos previamente ajustados". Ressaltou ainda que mesmo com "um relacionamento próximo e positivo com o senador Requião, nunca houve um compromisso formal e explícito para 2.002."
Requião foi convidado para estar no ato de filiação de Alvaro, Osmar e dos deputados estaduais Neivo Beraldin, Sérgio Spada, José Maria Ferreira e Augustinho Zuch. A respeito da bancada federal do PSDB, que tem quatro deputados, o único que já confirmou sua saída é Flávio Arns. O mesmo destino deve ter o deputado Luiz Carlos Hauly, que ainda é o presidente do PSDB estadual por força de uma liminar que cassou a dissolução do diretório. O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, vai abonar a ficha dos novos filiados.
Brizola deve apoiar Ciro Gomes (PPS) como candidato à Presidência da República e teria a opção de Alvaro como vice. O senador não confirmou, mas também não desmentiu a informação. "Fiquei constrangido quando soube. Sou um soldado, ainda estou muito verde no PDT. Essa decisão é do diretório nacional."