O governador de Minas Gerais, Itamar Franco (sem partido), lançou nesta sexta-feira uma nota criticando o PT e alegando que o partido o trata "como adversário".
O princípio de crise política com o futuro governo federal e o governador deve-se ao veto feito pelo coordenador da equipe de transição do PT, Antônio Palocci, a uma medida provisória que garantiria recursos para o pagamento do 13º salário do funcionalismo público mineiro.
De acordo com a Agência Reuters, a MP acertada entre o presidente Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco e o presidente da Câmara Aécio Neves prevê o ressarcimento de gastos dos Estados em obras nas rodovias federais. São com esses recursos, estimados pelo Ministério dos Transportes para Minas Gerais em R$ 1,2 bilhão, que Itamar conta para o pagamento do 13º. Porém, como o acordo se estende a todos os estados da União, o governo federal teria que desembolsar cerca de R$ 9 bilhões.
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Itamar Franco, que apoiou a campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, desde o primeiro turno, se reúne hoje com sua equipe para discutir medidas contra a União. O presidente do PT, deputado José Dirceu (SP), negou que tenha havido veto, mas confirmou o pedido de consulta.