O Itamaraty rebate as críticas dos funcionários e diz que "as promoções na carreira de diplomata seguem rigorosamente a legislação pertinente, a qual estabelece diversos mecanismos de avaliação e critérios objetivos para a habilitação à promoção".
Em nota ao Estado, o Ministério das Relações Exteriores afirma que "entre os mecanismos, cabe destacar a existência de três colegiados compostos por todas as chefias de unidades em Brasília e de representantes dos Chefes de Missão Diplomática no exterior, que se reúnem semestralmente para avaliar todos os diplomatas".
A nota ressalta os critérios adotados. "Antiguidade, tempo de classe e tempo de serviço no exterior, todos medidos segundo regras detalhadas, para o desconto de períodos em licença." Para diplomatas consultados pela reportagem, o Itamaraty "confunde deliberadamente" critérios para promoção e requisitos.
Leia mais:
Indiciamento de Bolsonaro alavanca outras candidaturas de direita no Brasil
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Sede da Câmara de Londrina será entregue dia 10 e vai receber posse, diz presidente
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
O governo também rejeita críticas à gestão do Itamaraty. "A atual administração adotou diversos mecanismos de consulta interna para aperfeiçoar a gestão da política externa e das práticas administrativas." Entre eles está uma consulta interna para a elaboração do Livro Branco da Política Externa e a criação de um Conselho de Gestão. Diplomatas alegam que o livro jamais existiu e que o conselho ainda não tomou nenhuma decisão.
O Itamaraty nega que o número de remoções esteja em alta. "Não há aumento significativo de inscritos no processo atual", diz a nota. "Em particular, o aumento de inscritos nos últimos mecanismos de remoção é consequência direta das turmas de 100 diplomatas correspondentes aos concursos de 2006 a 2010." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.