Condenado no voto do relator do mensalão, Joaquim Barbosa, como mentor do esquema de compra de apoio no Congresso, o ex-ministro José Dirceu afirmou nesta quinta-feira que "não é impossível" um segundo turno entre os candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo.
"Até domingo, está claro, o candidato que liderou as pesquisas e a disputa por um bom tempo, ex-deputado Celso Russomanno (PRB), vai cair mais. A questão é quanto cairá nesses quatro dias até domingo em relação à pesquisa feita na segunda e na terça, publicada hoje", escreve Dirceu, em seu blog.
Segundo ele, a pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, que apontou Russomanno com 25% - e em queda -, enquanto Serra tem 23% e Haddad 19%, mostra que a eleição em São Paulo vai ser decidida só no domingo, dia 7. "Mais que isso: indica não ser impossível que o candidato tucano à prefeitura, José Serra, e o nosso, Fernando Haddad, disputem o segundo turno", completa.
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Ele ressalta ainda que, mais um sinal de que a eleição em São Paulo "caminha para a polarização PT X PSDB. Tradicional na capital e no Estado" é o resultado de um eventual segundo turno entre Haddad e Serra, em que o petista venceria com 44% dos votos contra 39%.
O ex-ministro, que entregou na tarde desta quinta-feira seu último memorial de defesa, após sua primeira condenação entre os ministros do STF no julgamento do mensalão, ressalta que "a campanha de cada candidato nesses últimos dias é fundamental". É que a questão agora, segundo ele, será: quem é o principal beneficiado dos votos que Russomanno ainda perderá.
Dirceu diz que a última pesquisa mostra que o candidato Gabriel Chalita (PMDB) "levou dois pontos" e "Serra e Haddad, um". Para ele, essa dúvida só será respondida quando forem apurados os votos do primeiro turno, no domingo.