O Plenário da Câmara absolveu na noite desta quarta-feira (19) o deputado José Mentor (PT-SP) no processo de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar. Mentor respondia processo por ter recebido R$ 120 mil das empresas de Marcos Valério de Souza, acusado de ser o principal operador do chamado "mensalão" (esquema de pagamento de parlamentares em troca de apoio ao governo).
Apenas 432 deputados compareceram ao plenário para a votação (81 faltaram). Desses, 241 votaram a favor da cassação, 175 pela absolvição. Eram necessários no minimo 257 votos favoráveis para que Mentor fosse cassado. Se abstiveram oito deputados, seis votaram em branco e dois anularam os votos. Com o resultado, o processo será arquivado.
O Conselho de Ética havia recomendado ao Plenário, por nove votos a quatro, a cassação do deputado José Mentor. O petista assumiu ter recebido os R$ 120 mil, mas como pagamento de serviços advocatícios prestados por seu escritório. Ele nega que tenha recebido recursos do "valerioduto".
Leia mais:
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que transforma Detran em autarquia
Plano de precatórios garante economia milionária para Londrina
Reforma da Câmara Municipal de Londrina deverá ser entregue somente em 2025
"Em nenhum momento, durante a investigação, meu nome foi mencionado, nem apareceu na lista dos sacadores do Banco Rrual", disse. Segundo ele, os valores recebidos foram declarados à Receita Federal. "É inconcebível que se questione a origem dos recursos, uma vez que todos os procedimentos legais foram seguidos, inclusive o recolhimento de impostos", afirmou.
Com a absolvição de José Mentor, já são nove deputados acusados de envolvimento no "mensalão" absolvidos pelo Plenário da Câmara. Três dos processados foram cassados: Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).
Ainda faltam ser apreciados pelo Plenário os processos de cassação dos seguintes deputados acusados de envolvimento com o "mensalão": Josias Gomes (PT-BA), cujo processo já foi aprovado pelo Conselho de Ética, Vadão Gomes (PP-SP) e José Janene (PP-PR), que ainda dependem de votação no Conselho de Ética.
Informações da ABr