O juiz federal Ricardo Soares Leite, primeiro magistrado a atuar na Operação Zelotes, vai relatar o inquérito em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-senador Delcídio do Amaral são acusados de tentar impedir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de assinar acordo de delação premiada com a força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato.
No dia 24 de junho, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), remeteu o processo para a Justiça Federal em Brasília por entender que a suposta tentativa de embaraçar as investigações ocorreu na capital federal. Além disso, nenhum dos envolvidos tem foro privilegiado na Corte.
Nas investigações da Zelotes, o juiz Ricardo Leite foi alvo de uma ação de suspeição, na qual o Ministério Público Federal (MPF) alegou que o magistrado teria prejudicado as investigações.
Leia mais:
Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral
Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC
Durante a tramitação dos processos, Leite deixou o caso porque o juiz titular da 10ª Vara Federal, Vallisney de Souza Oliveira, retornou ao cargo. A Operação Zelotes, da Polícia Federal, investigou compra de decisões junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Cerveró
Ao enviar a investigação para a Justiça Federal em Brasília, Zavascki divergiu da manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou a remessa da investigação para a 13ª Vara Federal em Curitiba, comandada pelo juiz federal Sério Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância do Judiciário.
Além de Lula e Delcídio, o ex-controlador do banco BTG Pactual, André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, também são investigados no inquérito.