O juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Katsujo Nakadomari, dá início na tarde desta quinta-feira (15) ao julgamento dos acusados de oferecer propina ao vereador Amauri Cardoso (PSDB), para que ele votasse contra a abertura da chamada Comissão Processante (CP) da Centronic, que acabou cassando o mandato do então prefeito Barbosa Neto (PDT). São réus na ação o ex-secretário municipal Marco Cito, o empresário Ludovico Bonato, o ex-chefe de gabinete do pedetista, Rogério Lopes Ortega, o ex-diretor de Participações da Sercomtel, Alysson Tobias de Carvalho, e o ex-presidente da telefonia, Roberto Coutinho. Todos respondem por corrupção ativa e formação de quadrilha. O vereador Eloir Valença (PHS) também é réu na ação e responde por corrupção passiva e formação de quadrilha.
Nesta quinta, o juiz vai ouvir as 12 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público. Vale lembrar que o caso veio à tona em abril, quando Cardoso procurou o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) alegando que estava sendo assediado por Cito e Bonato. Os dois acabaram presos em flagrante tentando entregar R$ 40 mil em propina ao parlamentar. Carvalho e Ortega foram detidos uma semana depois, acusados de intermediar a tentativa de suborno.
Coutinho, por sua vez, não foi preso. Ele é suspeito de retirar de sua conta bancária parte do dinheiro utilizado para subornar Cardoso. Eloir Valença, por fim, também detido por algumas semanas, é acusado de ter recebido promessa de ajuda na campanha eleitoral para votar a favor dos projetos do Executivo na Câmara. Gravações, feitas pelo Gaeco e pelo próprio vereador Amauri Cardoso, ajudaram a embasar as investigações do caso e a formulação da denúncia.