Prisão preventiva

Justiça indefere pedido de prisão de Alceni Guerra

Redação - Folha de Londrina

05 ago 2002 às 19:25

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O juiz substituto de Pato Branco, Leonardo Ribas Tavares, indeferiu o pedido de prisão preventiva do ex-secretário-chefe da Casa Civil e ex-prefeito do município Alceni Guerra. O pedido havia sido feito no mês passado pelo promotor Javert Prado Martins Filho - o mesmo que queimou um processo contra ele mesmo em frente ao fórum da cidade e que foi afastado das atividades nesta segunda-feira. O juiz que livrou Alceni argumentou que faltavam argumentos para que a prisão preventiva fosse decretada.

Martins Filho havia fundamentado o pedido de prisão numa suposta obstrução do trabalho investigativo, já que Alceni estaria se recusando a depor na Justiça alegando motivos de saúde. Martins cita como exemplo as duas últimas audiências marcadas para os dias 14 e 21 de junho. Além de não comparecer, Alceni teria anexado atestados médicos alegando estar sendo vítima de epistafe (sangramento nasal) e, portanto, necessitaria de um período de repouso por tempo indeterminado. Os atestados seriam assinados pelo otorrinopediatra Lauro João Lobo Alcântara.

O promotor alegou ainda que no dia 15 de junho, um dia após a audiência marcada para esclarecer suposto superfaturamento em licitações públicas, Alceni participou ativamente da convenção do PFL. Alceni rebateu as acusações. Segundo ele, todas as denúncias contra ele são falsas e foram fabricadas pelo promotor público por ''vingança pessoal''. Alceni Guerra responde em Pato Branco cinco ações, duas criminais e três civis públicas. Além de um suposto superfaturamento, existem ações relacionadas à publicidade indevida. Ele também teria recebido um terreno que valia R$ 65 mil para quitar uma dívida de R$ 972 mil do Hospital Policlínica Pato Branco S/A, recebimento de títulos podres no valor de R$ 1,2 milhão para realização da obra da rodoviária municipal.