Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Um ano de governo

Kireeff reconhece não ter controle sobre servidores: "impossível"

Marco Feltrin e Guilherme Batista - Redação Bonde
26 dez 2013 às 11:49

Compartilhar notícia

- Gina Mardones
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A prisão de um servidor com quase 30 anos de carreira na prefeitura de Londrina acendeu o alerta para o prefeito Alexandre Kireeff (PSD). Segundo investigações do Grupo de Apoio Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), funcionava dentro do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) um esquema de facilitação na doação de terrenos para empresas por parte do município.

Em entrevista ao Bonde, Kireeff afirmou que a descoberta foi positiva para que a prefeitura fique atenta a desvios de conduta, mas admitiu a dificuldade da tarefa. "São 9,6 mil servidores. Esperar que as coisas funcionem 100% seria ingenuidade. É impossível. Importante é fortalecer os mecanismos de controle, ampliar a transparência, ser rigoroso na conduta e no exemplo das nossas ações para que isso seja minimizado. Sempre que identificado, apurado e gere punições", afirmou. "Eu sabia que teríamos dificuldades, nunca minimizei o desafio. Se talvez algum dos meus secretários se envolvesse em corrupção, seria arrasador pra mim".

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Questionado se a dificuldade de controlar o volume de servidores resultaria em sensação de enfraquecimento, o prefeito respondeu com um exemplo do cotidiano. "Sensação de impotência eu vivi esses dias. Parado no semáforo junto com o Geirinhas (presidente da CMTU), um cidadão jogou pela janela do carro uma garrafa de cerveja no canteiro central da Winston Churchill (zona norte). Você é a principal autoridade do município e não tem condições de passar uma multa naquela hora e reprimir aquele ato", ilustrou.

Leia mais:

Imagem de destaque
Transição

Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral

Imagem de destaque
Água no chope do pobre

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco

Imagem de destaque
Veja como participar

Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina

Imagem de destaque
Processo arquivado

Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC


Kireeff garante não haver uma grande decepção em seu primeiro ano de governo. Nem mesmo a primeira ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público, que, apesar de não envolver o nome do prefeito, decretou indisponibilidade de bens do ex-secretário de Saúde Francisco Eugênio de Souza e outros 14 servidores por irregularidades no concurso cancelado após plágio de questões.

Publicidade


O chefe do Executivo garante que todo o rito do processo seletivo foi cumprido após o recebimento das denúncias. "O secretário encaminhou para apuração na Corregedoria. De forma paralela, o Ministério Público também fez seus trabalhos. Mas a capacidade de investigação do MP é infinitamente superior à de uma secretaria", comparou, ressaltando que demitiu Francisco Eugênio para preservá-lo. "Optei pela substituição para preservar um profissional de 30 anos de carreira na saúde pública. A improbidade não se refere a desvio de recursos. O Ministério Público entendeu que o concurso não foi bem sucedido e os custos devem ser ressarcidos ao município".


Contratos emergenciais

Publicidade


Uma estratégia para o desvio de recursos públicos a ser evitada por Kireeff envolve o firmamento de contratos emergenciais. O prefeito defende o fim de processos do tipo desde a campanha eleitoral. Apesar disso, não conseguiu abandonar a prática em seu primeiro ano de mandato. Serviços de limpeza pública precisaram do emergencial, assim como serviços essenciais para a área da Educação (merenda e transporte escolar rural). "Contrato emergencial para favorecer grupos econômicos e desviar dinheiro sou radicalmente contra. Mas o processo para resolver emergências tem que ser executado, é natural", argumentou.


"Riscos existem, mas seguimos a metodologia com muito rigor, o que nos causa muito desgaste politico, mas com a certeza de que a legalidade prevalece", completou Kireeff, citando o caso do Restaurante Popular. O espaço está fechado desde junho por causa do registro de problemas em contrato.

Publicidade


A Secretaria de Gestão Pública penou para concluir a licitação do local, o que aconteceu só no final deste ano. Como o serviço prestado pelo Restaurante não é considerado essencial, segundo o prefeito, não foi possível firmar um contrato emergencial para reabri-lo. "Fechar o Restaurante Popular, do ponto de vista político, é extremamente desgastante. Longo, muito difícil. Mas é o que está previsto em lei", ressaltou. "Aquele político que se deixa pressionar pelo desgaste político, acaba preso ou cassado, essa é a história", lembrou.


Centralizador?


O prefeito Alexandre Kireeff é o integrante de sua administração mais acessível. Tanto para os veículos de comunicação e autoridades em geral como para o próprio londrinense. Quando questionado sobre o seu perfil centralizador - e até autoritário em algumas oportunidades - o chefe do Executivo disse ser "um bom ouvinte".

"Tanto é que o Facebook é um super auxiliar. Para tomar decisões, ouço muitas pessoas, mas não tenho medo de tomá-las. Não sou omisso e sempre tenho opinião sobre o que me é perguntado. Tomo decisões, não tenho hesitação, me abasteço de informações e faço o que tenho que fazer. Acho que é por isso que às vezes sou taxado centralizador", argumentou.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo