Os candidatos que apresentam programas no rádio ou televisão são obrigados, pela legislação eleitoral, a abandonar o microfone nesta quarta-feira, dia 31. A partir de 1º de agosto, quem concorre a cargo eletivo em 6 de outubro não pode mais apresentar programas.
A chamada ''bancada da latinha'' na Assembléia Legislativa promete cumprir a determinação, mas não sem protestos. O deputado Algaci Túlio (PSDB), candidato à reeleição, reclama que a regra prejudica a emissora, financeiramente, enquanto ele sai perdendo profissionalmente. ''Tem anunciantes que fazem propaganda por causa de determinado apresentador. E eu, ficando afastado, perco o contato com o ouvinte'', argumentou. ''É uma regra discriminatória'', no seu entendimento.
O tucano, que apresenta o programa Canal Aberto, na Rádio Clube, afirma que não há grande prejuízo em votos. ''Se todo ouvinte da rádio fosse meu eleitor, eu faria 150 mil votos'', calculou o deputado, cuja votação tradicionalmente fica em torno de 40 mil votos. Túlio tem 45 anos de rádio, e está em seu quarto mandato de deputado estadual.
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Além de Túlio, apresentam programas os deputados estaduais Carlos Simões (PTB), Luiz Carlos Alborghetti (PTB), Luiz Carlos Martins (PSL), Nelson Garcia (PFL), Renato Gaúcho (PDT) e Ricardo Chab (PMDB).
Apesar de afirmarem que o espaço na mídia não garante a permanência na política -alguns tiveram votação menor na última eleição, apesar dos programas-, eles não pensam em abrir mão do tempo de rádio e tevê quando permitido por lei. Dependendo do alcance e da audiência da emissora, o microfone garante exposição gratuita ao apresentador.
As penalidades para quem desprespeitar a lei são pesadas. A emissora, nesse caso, está sujeita a multas que variam de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00. Em caso de reincidência, os valores são duplicados. Já o candidato pode ter seu nome impugnado pela Justiça Eleitoral.
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