Defendendo a rejeição do impeachment, o líder do PT, deputado Afonso Florence (BA), disse que a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade e que o que estão tentando fazer é golpe.
Ele acusou a Câmara de cercear a defesa e afirmou que, "após o cerceamento de defesa da presidenta da República na sessão deste domingo (17) e os argumentos já apresentados pelo advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, ficou claro que não há crime de responsabilidade".
Durante o discurso, Florence reiterou que estão tentando dar um golpe, mas que ele não passará na Câmara. "Impeachment é golpe. Esse relatório é do golpe. Os defensores do impeachment estão pretendendo jogar o Brasil numa incerteza, porque os regimes de exceção iniciam com esse discurso. Foi isso que aconteceu em 64, com esse mesmo apoio de setores da mídia, os mesmo setores", informou.
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Florence acrescentou que estão tentando dar um golpe, mas que não vão conseguir. Segundo ele, o relatório "é um instrumento que busca dar legitimidade jurídica. Tem outro golpe que é a liderança do Eduardo Cunha (PMDB-RJ)".
O líder disse ainda que analistas e profissionais da comunicação dizem hoje que o objetivo dessa chapa [Temer e Cunha] é parar as investigações de corrupção. "A Lava Jato chegou num lugar que tem PSDB e DEM."
"Temos hoje alguns milhões de pessoas nas ruas. Muitos milhões dizem que impeachment sem crime de responsabilidade é golpe, fere um fundamento inalienável da República e da democracia, que a vontade popular", destacou o líder petista.
Ele afirmou que os decretos publicados tinham cobertura da lei orçamentária e que houve aproximação da revisão de metas. "Quando o TCU determinou que não fossem mais editados, não foram mais editados."
Ao encerrar o discurso, Florence fez um apelo e avisou que a partir de amanhã (18) será retomada a geração de empregos. "A partir de amanhã, conclamamos todas as forças políticas. Vamos pacificar o país, retomar a democracia e a geração de emprego e renda. Vamos garantir a conquista maior do povo, o voto popular. Não ao impeachment. Impeachment é golpe. Vamos à vitória", concluiu Florence.