Os líderes da base aliada do Governo condenaram a decisão dos juízes estaduais, trabalhistas e militares de paralisarem as suas atividades em protesto contra a reforma da Previdência.
Depois de reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse que "o governo não empurrou goela abaixo de nenhum setor da sociedade a reforma". E defendeu "negociação e serenidade" na condução das discussões sobre a proposta com os magistrados.
"O governo não se orienta por pressão localizada de um ou outro segmento da sociedade. O governo jamais desejou empurrar goela abaixo de qualquer segmento social a sua proposta de reforma e vem negociando com todos os setores interessados nesse tema. Portanto nós não podemos ver nenhuma razão para a perda da serenidade no momento em que a reforma se encontra no Congresso Nacional em sua fase final de negociação e de definição", enfatizou Rebelo.
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Já o líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (BA), garantiu que a ameaça de paralisação não vai forçar o governo a alterar a reforma da Previdência no Congresso. Segundo o líder, o relatório do deputado José Pimentel (PT-CE) acolheu sugestões da magistratura, e o melhor caminho a partir de agora é o da negociação.
"É com negociação, com conversa, que podemos resolver os nossos problemas. A posição do governo é que o relatório está 99,99% formatado. Agora nós vamos aprová-lo na Comissão Especial, depois no plenário. O governo não concorda com a greve", afirmou.
O deputado Aldo Rebelo disse que o governo está disposto a dialogar com os magistrados, e voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência por ser "condição fundamental para a retomada do crescimento, geração de empregos e distribuição de renda".