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Críticas ao governo

Lira reage a falas antidemocráticas de Bolsonaro, mas não cita impeachment

Folhapress
08 set 2021 às 14:55
- Marcos Corrêa/ PR
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Sem citar o aumento da pressão pelo impeachment, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez nesta quarta-feira (8) um discurso em que escalou o tom de crítica ao governo de Jair Bolsonaro, mas, ao mesmo tempo, enviou sinais de tentativa de apaziguamento.


"É hora de dar um basta a essa escalada em um infinito looping negativo", afirmou, criticando também bravatas em redes socais. "Na discórdia, todos perdem", disse, acrescentando que não há espaço para "radicalismos e excessos".

Apesar das críticas, Lira, eleito com o apoio de Bolsonaro, criticou decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) contra políticos aliados do presidente e elogiou "todos os brasileiros que foram às ruas de modo pacífico" no 7 de Setembro.


Falou ainda que a Câmara está aberta a conversas e negociações para "serenarmos" e disse que a "nossa Constituição jamais será rasgada".

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Lira afirmou que o Congresso não pode admitir a volta de um discurso que já foi derrotado, em referência à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso, rejeitada pelos deputados.

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Foi a primeira manifestação de Lira após os atos com ameaças à democracia feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. Pela manhã, antes dos protestos bolsonaristas, ele usou uma rede social para falar sobre a celebração da Independência. "O Brasil sempre rejeitou e sempre rejeitará a luta entre irmãos. Nenhuma manifestação, por mais enfática e calorosa, deve descambar para a violência e a desordem."

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Depois, silenciou. Diferentemente do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que cancelou as sessões da Casa, Lira manteve a sessão do plenário marcada para esta tarde. A expectativa é que seja votado o Código Eleitoral.


Em Brasília e em São Paulo, onde participou de atos de raiz antidemocrática no Dia da Independência, Bolsonaro fez duras ameaças ao STF, escalando a crise institucional a níveis ainda mais altos.

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Na primeira manifestação, em Brasília, o presidente afirmou que participaria nesta quarta-feira (8) de uma reunião do Conselho de República, órgão consultivo que tem a função de se pronunciar sobre estado de sítio, estado de defesa, intervenção federal e questões relativas à estabilidade das instituições democráticas.


Os presidentes do STF, Luiz Fux, Lira e Pacheco disseram não haver previsão para o encontro acontecer.

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Mais tarde, na avenida Paulista, Bolsonaro declarou que não cumpriria ordens do ministro Alexandre de Moraes (STF). Além disso, disse que suas únicas opções são ser preso, ser morto ou a vitória, afirmando, na sequência, que nunca será preso.


As declarações elevaram, no Congresso, a sinalização de apoio à abertura de processos de impeachment contra Bolsonaro, movimento antes restrito à oposição.

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MDB, PSD, PSDB e Solidariedade estão debatendo o tema. Somados, têm 115 deputados na Câmara. De olho nesse número, a oposição, que tem cerca de 130 membros, decidiu procurar os partidos para engrossar o placar favorável à abertura de um processo.


Além desses, o Novo, com oito deputados, defende a saída de Bolsonaro, assim como o Cidadania, que tem sete. Ainda existe chance de apoio em outros partidos de centro, como o PSL, rachado, e o DEM.

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Mesmo no centrão há quem veja possibilidade de votos favoráveis ao impeachment. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), respalda publicamente a abertura do processo contra Bolsonaro.


São necessários os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados para autorizar o Senado a abrir o processo. O presidente da Câmara é o responsável por analisar os pedidos de impeachment e encaminhá-los. Atualmente, Lira tem mais de 120 pedidos sob sua análise.


Depois disso, a próxima etapa seria uma votação para o Senado confirmar ou não a abertura da investigação. Se o processo for aberto na Casa, o presidente da República é afastado até a conclusão do julgamento e é substituído pelo vice.

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