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Londrinenses dizem não à venda da Sercomtel Celular

Da Redação - Folha de Londrina
19 ago 2001 às 19:14

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A maioria dos eleitores de Londrina que participaram hoje (19/08) do plebiscito sobre a venda da Sercomtel Celular votou contra a venda da empresa. Pouco mais de 11% dos 299.207 mil eleitores participaram da votação. O ''Não'' obteve 16.505 votos e o ''Sim'' 14.781. Foram registrados ainda 126 votos em branco e 204 nulos. A consulta popular foi realizada das 8 às 17 horas e o resultado foi divulgado às 19 horas, na sala do Tribunal do Júri, no Fórum. O prefeito Nedson Micheleti (PT), que defendia a venda, disse não ter ficado surpreso com a derrota.

O baixo comparecimento às urnas surpreendeu e fez com que os 1,6 mil servidores municipais convocados para atuar no plebiscito não tivessem muito trabalho. As Polícias Civil e Militar também não registraram nenhuma ocorrência. Este foi o primeiro plebiscito realizado no País para decidir sobre o futuro de uma estatal.

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Abatido com o resultado, o presidente da Sercomtel, Francisco Roberto Pereira, não encarou o resultado como um derrota política. ''Qualquer resultado desfavorável traz problemas, mas não é uma derrota desesperadora, claro que gostaríamos de ganhar'', afirmou.

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Segundo Pereira, a população deve ajudar a Sercomtel, comprando telefones celulares da Sercomtel. Ele disse ainda que já esperava uma grande absatenção no plebiscito. ''Você não sentia uma pré-disposição das pessoas em votar''.

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Nesta semana, a direção da empresa se reúne para discutir o resultado do plebiscito e o futuro da empresa diante da esperada concorrência da Telecom Italia Móbile (TIM) Celular. ''Vamos construir um grupo para analisar e criar alternativas para manter os clientes na carteira. Temos que ver quando a TIM começa a operar em Londrina'', explicou. O presidente da Sercomtel não descartou a possibilidade de investir recursos da telefonia fixa para manter a Celular competitiva. A TIM pode iniciar operação no começo de 2002.


O vereador Tercílio Turini (PSDB), autor do projeto que estabeleceu o plebiscito sobre a venda da Sercomtel, preferiu não polemizar sobre as consequências políticas que trarão o resultado de ontem. ''Foi uma vitória do povo, não temos que avaliar se alguém perdeu'', justificou. Para Turini, o alto índice de abstenção não tira o mérito da consulta popular. ''Nos Estados Unidos, 30% votam para presidente'', comparou.


Para a vereadora Elza Correia (PMDB), a decisão de vender a Celular foi precipitada e resultou em um desgaste político para a administração municipal. ''O desgaste começou quando ele (o prefeito Nedson Micheleti) disse não ao plebiscito; o reflexo é extremamente negativo e uma derrota política importante''. Segundo a vereadora, Nedson deveria refletir sobre as sucessivas derrotas que tem sofrido na Câmara.

Leia mais na reportagem de Lino Ramos na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta segunda


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