O presidente eleito Luiz Inácio da Silva garantiu, nesta segunda-feira, que o Brasil vai cumprir a sua parte, se for preciso, para superar a crise que enfrenta. Ele destacou, entretanto, que o país precisa de apoio internacional e voltou a defender o fim das barreiras protecionistas e subsídios que os grandes países impõem e que prejudicam sobretudo a agricultura brasileira. Lula destacou que seu governo trabalhará para fazer o Brasil crescer e gerar um amplo mercado de consumo que beneficie as massas e traga a justiça social ao país.

Para tanto, Lula disse será necessário inverter "a prioridade dos gastos públicos, concentrando as forças no apoio à agricultura familiar, ao setor de micro e pequenas empresas e às cooperativas. Ele prometeu empenhar-se pessoalmente pela aprovação das reformas da previdência, politica, tributária e agrária. "Essa é uma boa hora para reafirmar nossa soberania, e faremos isso mantendo a nossa cultura de paz e buscando o comércio internacional". Lula se comprometeu a ampliar a força do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e que pretende apresentar uma proposta soberana nas negociações das Área de Livre Comércio das Americas (Alca). Ele encerrou o pronunciamento com uma mensagem de otimismo: "Estou sentindo que um novo país Brasil está nascendo".