O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, na cerimônia de lançamento da Nova Sudam, em Belém, que há pontos da reforma tributária que precisam ser "corrigidos", mas que essas correções devem ser negociadas de acordo com as especificidades de cada região.
"A proposta tributária não é só do presidente. Está assinada por mim e pelos 27 governadores. Isso não significa que não tenha nada a ser corrigido. Tem. O processo é dinâmico, temos diferenças enorme de região para região. É justo e normal que cada secretário de Estado queira puxar para si todo e qualquer recurso, sem abrir mão de absolutamente nada", disse o presidente.
Lula voltou a afirmar que a reforma tributária não vai resolver o problema dos Estados, dos municípios e do governo federal e que tem certeza de que ela será aprovado na Congresso, assim como foi a da Previdência.
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Para ele, outros presidentes não conseguiram aprovar reformas, "talvez por falta de jogo político e não de competência."
"Pessoas que chegam a ser presidente pensam que não precisam mais de ninguém e podem fazer o que querem no país. Aprendi que uma boa conversa é o caminho para se conseguir o que quer", disse, em referência indireta às críticas do ex-presidenete Fernando Henrique Cardoso.
Sobre as críticas dos governadores que desejam uma participação tributária maior na reforma, o presidente disse que isso virá de forma "muito mais justa" quando a economia voltar a crescer.
Lula diz estar disposto a negociar com os governadores, mas ressaltou que o país não podia continuar "com uma guerra fiscal alucinada e maluca".
Informações Folha Online