O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, criticou o comportamento da oposição ontem durante comício na Boca Maldita, no Centro de Curitiba, e disse que em anos anteriores, mesmo derrotado, nunca ofendeu seus adversários políticos da forma como estaria ocorrendo hoje no País.
''Educação vem de berço. Eu vou continuar sendo um presidente altivo, sereno e sabedor que o ódio que eles têm de mim é porque eles sabem do meu caráter. O ódio deles é porque pela primeira vez o pobre levantou a cabeça'', disse Lula. ''As pessoas estão sendo expostas nos jornais todos os dias e quando alguém é absolvido ninguém pede desculpa. É só acusação, acusação e acusação'', disparou.
Lula também tachou a oposição de ''preconceituosa'' e disse que ''o que eles querem destruir não é o Lula, é o nosso sonho de fazer um País melhor''. ''Aqui no Paraná eles têm até preconceito contra o meu dedo'', disse em referência a um adesivo que circula no Estado em favor da candidatura do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). ''Se eles têm preconceito contra um operário, imagina em relação ao negro, à mulher, ao pobre'', disse.
Leia mais:
Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral
Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC
O petista também pediu votos para o governador licenciado Roberto Requião (PMDB), candidato à reeleição. ''Eu sou muito amigo do Requião, vocês sabem disso. E durante 4 anos o Requião fez críticas à minha política econômica. Mas, às vésperas da eleição, eu não posso fazer 'biquinho'. É preciso votar no Requião sim, porque ele também dá mais atenção aos pobres'', discursou, ao enfatizar que o adversário do PMDB no Estado (Osmar Dias, do PDT) já declarou apoio a Alckmin e que ninguém pode torcer ''para o Corinthias e o Flamengo ao mesmo tempo''. ''São dois projetos distintos para o País e para o Estado. O projeto dos adversários é governar para uma pequena minoria, que 'mamou' no País durante 500 anos.''
Requião, em campanha política ontem pelo interior do Estado, não subiu ao palanque de Lula e até agora não declarou apoio oficial ao petista, ao contrário da sua legenda no Estado.
É a terceira visita do Lula ao Paraná desde que se registrou na disputa e a primeira desde o início do segundo turno. Até o dia da votação, 29 de outubro, não estão previstas na agenda do petista outras visitas ao Estado. Após o comício em Curitiba, Lula tinha compromissos no Rio Grande do Sul.