Estreitar as relações com Finlândia, Suécia, Noruega e Dinamarca, divulgar os biocombustíveis e discutir com empresários do norte europeu investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são os principais objetivos da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos países nórdicos, iniciada neste domingo. É a primeira visita oficial de um chefe de Estado brasileiro a esses países.
Nesta segunda-feira, Lula está em Helsinque, capital finlandesa, primeiro destino da visita ao norte europeu. Em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula disse que há interesse em aperfeiçoar os negócios com esses países e atrair para o Brasil mais investimentos. Segundo ele, atualmente o intercâmbio comercial com a Finlândia, Noruega e Dinamarca gira em torno de US$ 1 bilhão por ano e com a Suécia chega a US$ 1,5 bilhão.
"O Brasil tem um mercado extraordinário, o mercado interno brasileiro está crescendo, a massa salarial está crescendo, a economia está estabilizada, as pessoas estão percebendo que no Brasil a casa está arrumada. Se houve tempo em que o Brasil não estava tão arrumado e eles fizeram investimento, agora há muito mais motivos para que eles façam investimento no Brasil", disse Lula, ao afirmar que a primeira viagem de um chefe de Estado aos quatro países é uma "dívida que o Brasil tem".
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O presidente afirmou que durante a viagem tentará convencer os empresários dos países nórdicos a participar do PAC, "ou seja, mostrar as grandes obras de infra-estrutura para despertar interesse neles de participar conosco". Ele disse que, após a visita à Finlândia, Noruega, Dinamarca e Suécia, irá à Espanha, onde também discutirá com empresários a possibilidade de investimentos no PAC.
No caso dos biocombustívels, o presidente explicou que a idéia é apresentar fontes de energia menos poluentes aos países do norte europeu.
"O mundo, na medida em que tenha que cumprir o Protocolo de Quioto, na medida em que todos nós temos responsabilidade de despoluir o planeta, ou seja, evitar que haja muitas emissões de CO2, todos nós precisamos então aprimorar o nosso conhecimento tecnológico em combustíveis e o Brasil, graças a Deus, tem a tecnologia do etanol e tem a tecnologia do biocombustível. E nós queremos então discutir com esses países a possibilidade de parcerias com o Brasil", destacou.
ABr