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Folga

Mais da metade dos ministros não abre mão do recesso de fim de ano

Agência Estado
29 dez 2015 às 20:14

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Ao contrário da presidente Dilma Rousseff que abriu mão do recesso de fim de ano e cumpre agenda normal esta semana, 15 dos 31 ministros resolveram se ausentar de Brasília e só devem retornar à Esplanada dos Ministérios na próxima segunda-feira, 4.

Segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo, alguns ministros aproveitaram o período para tirar férias e adiar ainda mais o retorno à capital federal. Esse foi o caso de Aloizio Mercadante, ex-ministro da Casa Civil, que hoje está à frente do Ministério da Educação. Braço direito de Dilma até outubro, ele só vai voltar ao batente no dia 11.

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Desses 15 ministros, dois deles afirmaram que não estão em Brasília, mas que continuam trabalhando normalmente. André Figueiredo (Comunicações) disse que aproveitou o fim do ano para visitar órgãos ligados à pasta no Ceará, seu Estado Natal. Já a assessoria de Helder Barbalho (Secretária de Portos) afirmou que ele está despachando do Rio de Janeiro. Os compromissos de ambos não foram registrados nas agendas disponíveis nos sites dos ministérios.

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Dos três ministros que ocupam gabinetes no Palácio do Planalto, apenas o da Comunicação Social, Edinho Silva, optou por desfrutar do período de recesso. Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) cumprem expediente normal esta semana. Os dois, inclusive, têm sido convocados pela presidente para reuniões diárias.

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Os novos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Valdir Simão, também não tiveram descanso e tiveram de comparecer a uma reunião no Palácio da Alvorada já na segunda-feira. Na pauta do encontro, o desafio de colocar em prática medidas para o País voltar a crescer.


O titular da pasta do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, por sua vez, foi escalado nesta terça, 29, para anunciar o reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 788 para R$ 880.

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O advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, responsável pela defesa de Dilma no processo de impeachment, também optou por não se afastar de Brasília. "Este ano, é ministro sem férias", afirmou.


A batalha que vai enfrentar na Câmara para não ser afastada do cargo e a pior crise econômica das últimas décadas fizeram com que Dilma desistisse de tirar folga este ano. Esta foi a primeira vez desde que assumiu a Presidência, em 2011, que a petista não vai ter um período de descanso no fim de ano.

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Nem mesmo a expectativa do nascimento do segundo neto fez com que a presidente passasse mais tempo com a filha Paula, em Porto Alegre. Na semana do Natal, ela ficou apenas três dias na capital gaúcha e retornou a Brasília no sábado, depois de sobrevoar áreas afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul.


Durante o primeiro mandato, Dilma sempre viajou com a família para o mesmo lugar: a Base Naval de Aratu, na Bahia. No ano passado, ela tirou apenas cinco dias de descanso, pois teve de retornar a Brasília no dia 1º de janeiro, para a cerimônia de posse.

Segundo a Secretaria de Comunicação do governo, não há uma norma que especifique quantos dias um ministro pode ou não se ausentar de Brasília durante o período de festas. De acordo com um ofício do Ministério do Planejamento, este ano a "recomendação" era que os servidores dos órgãos públicos se revezassem e um grupo trabalhasse durante a semana do Natal, de 21 a 25 de dezembro, e outro do Ano Novo, de 28 de dezembro de 2015 a 1º de janeiro. COLABOROU TÂNIA MONTEIRO


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