O secretário municipal de Governo - e ex de Gestão Pública -, Marco Antônio Cito, voltou a ser ouvido pelo Ministério Público na tarde desta quarta-feira (20). Desta vez, ele foi esclarecer pontos relacionados a possíveis irregularidades ocorridas durante o curso de formação da Guarda Municipal.
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público retomou as investigações após ter acesso a um dos relatórios da Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta na Câmara justamente para investigar o treinamento da Guarda.
Marco Cito contou ao Bonde que só reafirmou ao MP o que já havia declarado à CEI. Ele explicou que, quando era secretário de Gestão Pública, não teve tempo de fiscalizar o contrato com a empresa Delmondes e Dias, teoricamente reponsável pelo treinamento dos guardas. "Só fui perceber as irregularidades quando a empresa pediu um aditivo no contrato (de R$ 303 mil). Depois disso, solicitei a abertura de uma auditoria e constatei as irregularidades", disse.
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A empresa, apesar de não ter ministrado o curso, recebeu os R$ 303 mil previstos no contrato. A informação está no relatório da CEI que está sendo utilizado como base pelo Ministério Público para a retomada das investigações. O documento é de responsabilidade da vereadora Lenir de Assis (PT). Ele não chegou a ser votado em plenário porque foi rejeitado pelos demais membros da comissão: vereadores Tito Valle (PMDB) e Jairo Tamura (PSB).
Marco Cito admitiu as irregularidades, mas jogou a culpa nas costas do ex-secretário municipal de Defesa Social, Benjamin Zanlorenci. "A Secretaria de Gestão tinha e tem diversos contratos para fiscalizar. Confiei no secretário à época, mas quando descobri os problemas pedi a auditoria e fiz a fiscalização", argumentou.
Zanlorenci também já foi ouvido pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. O próximo depoente, segundo o promotor Renato de Lima Castro, será o prefeito Barbosa Neto. A oitiva ainda não foi agendada.