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Troca de farpas

Marina: PT foi quem mais recebeu doação do Itaú em 2010

Agência Estado
10 set 2014 às 15:03

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A presidenciável pelo PSB, Marina Silva, igualou os ataques que tem recebido do PT e do PSDB, dizendo que os dois partidos estão juntos neste momento, "com a mesma artilharia pesada, utilizando os mesmos meios para destruir a iniciativa da sociedade brasileira", pelo fato de sua candidatura ser "símbolo da mudança".

Após cumprir agenda na capital paulista, a candidata reafirmou ser vítima de injustiças e de mentiras e disse que os advogados da campanha estão tomando as ações cabíveis. "Os nossos advogados estão tomando as providências sobre as calúnias que estão sendo feitas a mim e ao nosso projeto político."

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Marina voltou a criticar os adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) por não terem apresentado ainda seus programas de governo e por ficarem apenas criticando o da sua coligação. A candidata questionou os jornalistas se os veículos de comunicação para os quais trabalham têm perguntado a Dilma por que não apresentou ainda um programa.

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Sobre a acusação de Dilma de que ela é apoiada por banqueiros, Marina rebateu, falando sobre o financiamento da campanha da adversária na última eleição. "Em 2010, quem recebeu a maior quantidade de doações do Banco Itaú foi a presidente Dilma", afirmou, referindo-se aqui ao PT, partido da presidente, e rebatendo, assim, as insinuações com relação à proximidade com Neca Setúbal, educadora, herdeira do Itaú e coordenadora do programa da coligação liderada pelo PSB.


Marina disse que Neca é uma educadora com mais de 30 anos de experiência, livros publicados e trabalho reconhecido com instituições sem fins lucrativos. Marina afirmou ainda que o PT a respeitava como educadora quando contribuiu para o programa de governo do prefeito Fernando Haddad (PT) na disputa eleitoral em 2012. "Quando foi para a Neca ajudar o candidato Haddad, participando de seminários, ajudando a fazer seu programa de governo, eles não a desqualificaram. A Neca, como educadora, ajudou no programa do Haddad. Naquele tempo ela era tratada como educadora, agora está sendo tratada como banqueira."

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Marina disse reconhecer as pessoas pelo trabalho que fazem, independentemente de posição social, e disse ser contra a visão de uma esquerda autoritária. "Há uma visão autoritária de um setor da esquerda que, se você estiver a serviço deles, então você está ungido pelo manto da sua proteção. Se você tem uma escolha, então você passa a ser satanizado", afirmou.


Pesquisas


Marina Silva evitou falar sobre pesquisas eleitorais, reafirmando que as considera "retratos do momento". Sobre dados que mostraram empate técnico com Dilma no segundo turno e pesquisas que apontaram que teria perdido intenções de voto em grandes centros, em especial no Rio de Janeiro, Marina disse apenas que os especialistas que a aconselham afirmaram que a oscilação ficou dentro das margens de erro.

A candidata do PSB fez questão ainda de frisar que não é contra a exploração do pré-sal, um dos principais ataques da campanha petista e que pode ter impactado seu eleitorado no Rio.


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