Em depoimento à CPMI dos Correios, o ex-diretor de Compras da empresa Maurício Marinho disse há pouco que não considera incorreto o fato de ter recebido R$ 3 mil de uma empresa privada a título de "prestação de assessoria".
Marinho aparece em um vídeo negociando propina para favorecer empresários em licitações na estatal. Indicado para o cargo pelo PTB, o funcionário diz na gravação que agia sob o comando de Jefferson, o que negou posteriormente à PF.
O deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), que está interrogando Marinho, discordou da resposta e afirmou que um servidor publico não pode usar o cargo para receber dinheiro de empresa privada.
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Após ser suspenso na noite desta terça-feira (21), o depoimento de Marinho à CPI foi retomado por volta das 9 h desta quarta (22).
No depoimento dado ontem, Marinho procurou negar qualquer envolvimento em esquema de corrupção e sugeriu que o secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, seria uma das pessoas que deveriam ser investigadas pela comissão.
De acordo Marinho, todas as diretorias da estatal eram comandadas por partidos políticos e era Pereira quem indicava nomes do PT para as diretorias de Operações e Tecnologia - aquelas que concentram maior volume de recursos na empresa e sobre as quais pesam suspeitas de irregularidades.
Os membros da comissão votaram nesta terça-feira 110 requerimentos, incluindo a convocação de 39 pessoas, entre elas Pereira e o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, cuja empresa tem contrato com a estatal e que é acusado de ser um dos operadores do "mensalão" para comprar parlamentares. Também deverá depor Marcus Vinicius Vasconcelos Ferreira, genro do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor das denúncias do "mensalão".
Também serão chamados Mauro Dutra, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dono da NovaData, além de funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que teriam investigado as denúncias. Pressionado pela oposição, o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), marcou para o próximo dia 29 o depoimento de Jefferson.
Os requerimentos para convocar o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, o ex-assessor de Dirceu, Waldomiro Diniz e o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, serão analisados somente após o término da etapa inicial das apurações.
Fonte: Terra e Agência Câmara