Caberá à 10ª Vara Federal do Distrito Federal analisar denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal na última sexta-feira (21) contra o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti. O Ministério Público informou que o ex-deputado é acusado de cobrar propina de Sebastião Buani para renovar a concessão e autorizar o reajuste de preços do restaurante que o empresário mantinha dentro da casa legislativa, o chamado "mensalinho".
O ex-deputado, de acordo com informações da ABr desta segunda-feira (24), foi denunciado pelo crime de concussão - exigir vantagem indevida, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela. Se condenado, pode pegar de seis a 24 anos de prisão.
O caso fez Severino Cavalcanti renunciar ao mandato em setembro de 2005 após 218 dias como presidente da casa. O pepista foi eleito com 300 votos para a presidência da Câmara dos Deputados no dia 15 de fevereiro, aproveitando-se de uma divisão no Partido dos Trabalhadores (PT) – então a maior bancada da Câmara, que pela tradição histórica teria o privilégio de eleger o presidente da Casa – e da articulação feita pelos principais partidos de oposição (PSDB e o PFL).