A assessoria de imprensa do Ministério Público (MP) confirmou que abriu um processo em abril deste ano para investigar Fernanda Richa, esposa do governador Beto Richa (PSDB) e secretária estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social.
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Curitiba instaurou o procedimento após o recebimento de uma denúncia anônima, que dá conta de que Fernanda teria cobrado R$ 2 milhões de auditores da Receita Estadual em troca da assinatura de um decreto, por parte do governador, que previa a promoção dos referidos fiscais.
A assessoria do MP confirmou a existência das investigações, mas evitou passou detalhes com a justificativa de que o processo segue sob sigilo por envolver "questões financeiras". Em nota, Fernanda Richa negou as acusações e garantiu que nunca interferiu nas decisões administrativas tomadas pelo seu marido.
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O decreto de promoção dos auditores fiscais foi assinado por Beto Richa em maio de 2014. Fiscais de Londrina, investigados por participação no esquema de cobrança de propina descoberto dentro da Receita Estadual, aparecem na lista dos beneficiados, entre eles José Luiz Favoretto Pereira, que chegou a ser delegado do órgão em Londrina, Rosângela de Souza Semprebom, irmã do auditor/delator Luiz Antônio de Souza, e Ana Paula Marques Lima, esposa de Márcio Albuquerque de Lima, ex-inspetor-geral da Receita no estado e apontado nas investigações como o líder do esquema criminoso.