O Ministério Público (MP) de Londrina ingressou na Justiça com novo pedido de prisão do ex-prefeito Antonio Belinati (sem partido) e mais oito pessoas, acusados de desviar R$ 590 mil da Comurb (atual CMTU). A denúncia foi aceita pelo juiz da 4ª Vara Criminal, Arquelau Araújo Ribas. Ele entendeu que caberia a prisão dos réus, porém decidiu que os pedidos serão apreciados após o julgamento do mérito do habeas-corpus que tramita no Tribunal de Justiça (TJ) e que foi impetrado pela defesa de Belinati.
A denúncia criminal atinge 18 pessoas. Além de Belinati, o MP pediu a prisão de Gino Azzolini Neto (ex-secretário de Governo), Wilson Mandelli (ex-secretário de Administração), Eduardo Duarte Ferreira (ex-procurador do município), Kakunen Kyosen (ex-presidente da Comurb e ex-auditor), além dos empresários de Curitiba Arion Cruz Santos (representante da Esteio), Solano da Ros (ex-proprietário da Edificadora Vêneto), Carlos Lucidório Trindade e Carlos Valério da Rocha (ambos ex-diretores da Esteio).
Todos são acusados de lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica. Caso sejam condenados, podem cumprir pena que varia de 14 a 49 anos de prisão. Nesta semana, o MP apresenta entra com recurso para que o juiz reconsidere os pedidos de prisão.
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Segundo o promotor da 4ª Vara Criminal, Sérgio Corrêa de Siqueira, a grande maioria dos recursos foi desviada para a conta de Santos e sua mulher, Eleonora Lobo Santos. Outros R$ 250 mil foram rastreados até a conta de Trindade, revelando que Santos agia em nome da Esteio. Outros R$ 10 mil foram encontrados na conta de Maria Raquel Dias Paião, babá da família do ex-diretor administrativo-financeiro da Comurb, Eduardo Alonso de Oliveira. Ele é réu colaborador na ação.
* Leia mais em reportagem de Lino Ramos na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira