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Dos acampamentos

MST pode se tornar um partido político

Redação Bonde
13 jun 2004 às 18:58

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Nos acampamentos e assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a participação nas eleições municipais nunca seduziu tantos militantes quanto agora.

Na região do Pontal do Paranapanema, oeste de São Paulo, representantes de acampados e assentados já foram lançados como pré-candidatos às câmaras municipais em 12 cidades.

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Em duas delas, Euclides da Cunha Paulista e Mirante do Paranapanema, onde se concentram vários assentamentos, se articula o lançamento de pré-candidatos à prefeitura.

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O PT é o partido que os militantes do MST mais usam como guarda chuva no processo eleitoral. Mas também existem concorrentes nas legendas do PTB, PSDB e até do PFL.

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O número de interessados é tão grande que o coordenador do MST no Estado, Delweck Mateus, faz um alerta: ''A participação política é livre, mas nenhum militante está autorizado a usar o nome do movimento.''


A movimentação é observada também em outros Estados. Na região norte de Minas, considerada um barril de pólvora em decorrência das tensões entre ruralistas e sem-terra, o MST entrou em campo para apoiar a pré-candidatura do petista Sued Parrela Botelho.

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Ocupando atualmente uma cadeira na Câmara de Vereadores, ele tem um discurso afinado com os sem-terra: considera ''absolutamente legítima'' a invasão de terras com o objetivo de acelerar a reforma agrária. É chamado de ''companheiro'' pelos líderes regionais do MST.


Na Bahia, José Rainha, um dos líderes nacionais mais polêmicos do MST, percorreu neste mês municípios do nordeste do Estado, onde se concentram assentamentos, discutindo as eleições. Em Wenceslau Guimarães conversou demoradamente com o pré-candidato petista Valdir Goes.

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Já está acertado que nas eleições de Itamaraju, no sul da Bahia, o MST apoiará a candidatura do frade Dilson Santiago, também petista. Na opinião de Rainha, o PT poderá ter boas chances no interior do País, se divulgar o que vem fazendo.


Deu como exemplo de trabalho bem-sucedido a ampliação de programas sociais, como o bolsa escola, enfatizando em seguida: ''Não se encontra uma faixa nessas cidades dizendo que o bolsa escola é do governo do PT.''

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Na Bahia, existem cerca de 135 mil pessoas que mantêm algum tipo de vínculo com o MST, segundo seus líderes. O objetivo é unir e direcionar esse potencial eleitoral para candidatos comprometidos com a reforma agrária.


Estima-se que existam 200 mil famílias acampadas no País, totalizando quase um milhão de pessoas. Cerca de 40% delas estariam sob a bandeira do MST.


A atividade política também permite ampliar o poder de barganha de cargos na administração. Em Minas, o ex-deputado estadual Marcos Helênio Leoni Pena, eleito duas vezes com o apoio do MST, hoje ocupa o cargo de superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

No Paraná, outro ex-deputado federal eleito com votos do MST, o padre Roque Zimmerman, foi indicado para presidir a Comissão de Mediação de Conflitos Agrários no Estado. Do total de 29 superintendências regionais do Incra no País, sete estão nas mãos de técnicos ou ex-políticos ligados ao MST.


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