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Muda o quadro político na RMC

Emerson Cervi - Folha do Paraná
25 nov 2000 às 12:38

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As eleições municipais de 2000 terão efeitos diretos nas ações da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) a partir do próximo ano. Além da renovação de 55%, aumentará o número de prefeitos da oposição ao governo do Estado. A partir do próximo ano, dez administradores não farão parte do grupo político do governador Jaime Lerner (PFL) e ao prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL). Entre os prefeitos eleitos há quem aposte no fim das reeleições de Taniguchi como presidente da Assomec.

"Vai ter mudança na Assomec também. Essa eleição mandou um recado para os atuais administradores de que a coisa não está boa", diz o prefeito eleito de Pinhais, Luis Cassiano de Castro Fernandes (PSDB). Cassiano vai começar sua terceira gestão como prefeito, sendo a primeira em Pinhais. Em 1977 e em 1988 ele foi eleito prefeito de Piraquara. Pinhais foi desmembrado de Piraquara em 1992. "Eu ajudei a criar a Assomec em 1977 e ela deveria ser uma entidade de reivindicação, coisa que parece não estar acontecendo hoje", opina.

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Para Cassiano, o futuro presidente da entidade deve ser um dos novos eleitos. "Os colegas estão chegando com muita vontade de trabalhar e se alguém estiver com mais sede do que eu para presidir a Assomec, terá meu apoio". Para o atual diretor executivo da entidade e secretário municipal de Assuntos Metropolitanos, Fernão Acioly, a renovação de mais da metade dos prefeitos da RMC pode gerar mudanças políticas na Assomec. "Até aqui tínhamos quase 100% de união entre os prefeitos, a partir de 2001 parece que a coisa será um pouco diferente", conta. "Mas do ponto de vista do interesse técnico é possível conciliar opositores políticos em favor do bem comum da região."

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O problema é conseguir encontrar um bem comum em uma região metropolitana com características tão distintas quanto a de Curitiba. Pinhais é um dos municípios conurbados à Capital e apresenta índices de crescimento anual maiores que os de Curitiba. Entre 1996 e 2000 o município cresceu 3,3% ao ano. A previsão para os próximos dez anos é de crescimento acima de 2%, enquanto a Capital ficará em cerca de 1,3%. "Pinhais está crescendo, mas ainda não tem centro da cidade, pois quando as pessoas dizem que vão para o centro é porque elas estão indo a Curitiba", diz o prefeito eleito. "Temos que mudar essa dependência econômica ou vamos virar um bairro da Capital, já que como cidade estamos apenas recebendo o ônus da região metropolitana."

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Esse ônus, citado pelo prefeito eleito, é comum a todas as cidades conurbadas a pólos urbanos e econômicos. Como o custo de vida em Curitiba é alto, as cidades vizinhas absorvem as famílias de baixa renda, que moram em um município e trabalham em outro.


Se o problema de Pinhais é estar muito próximo de Curitiba, o de Cerro Azul, que também faz parte da RMC, é oposto. Fundado no século passado, o município faz parte da RMC desde o início da década de 90. Está a 85 quilômetros da Capital e apesar disso a maior parte da única estrada que liga os dois municípios ainda não é asfaltada. O tempo para percorrer esse trecho teoricamente metropolitano é, em média, de 2 horas. Em épocas de chuva o município chega a ficar até 24 horas isolado. Com economia baseada no cultivo da laranja e mais de 70% da população local vivendo no campo, Cerro Azul ainda sonha com a integração de fato, que só virá com a pavimentação de 56
quilômetros da PR-092.

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As discrepâncias entre características e interesses dos diferentes municípios da RMC é uma das principais dificuldades da Assomec. Enquanto as cidades conurbadas buscam solucionar problemas urbanos complexos, há ainda na RMC locais onde etapas primárias de desenvolvimento ainda não foram vencidas.


A prioridade da Assomec no caso dos municípios mais desenvolvidos economicamente e próximos a Curitiba é compatibilizar os planos diretores de desenvolvimento local. Os planos devem priorizar a facilidade de acesso. "É preciso criar novas ligações viárias para melhorar o trânsito dessas cidades", diz Acioly. Além disso, as leis de zoneamento urbano devem prever integração regional. "Isso deixa as divisas geográficas das cidades mais harmônicas, evitando que o distrito industrial de um município fique ao lado de uma área residencial de outro."

Para as cidades pequenas e distantes, os projetos são distintos. "Municípios como Adrianópolis e Cerro Azul, por exemplo, estão estagnados economicamente e sem condições próprias de crescimento", explica Acioly. Nesses casos é preciso uma indução externa. Por se tratar de municípios rurais, a base da economia continua sendo a atividade agrícola ou de exploração mineral. "Mas isso só vai acontecer depois que os municípios do Vale do Ribeira tiverem estradas asfaltadas e é por isso que a Assomec está brigando." Além da PR-092, ainda falta pavimentar a BR-476, que liga Bocaiúva do Sul a Adrianópolis, na RMC.


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