O procurador Munir Gazal, que coordenava a Promotoria do Patrimônio Público Criminal, assume nesta terça-feira a coordenação do Centro de Apoio de Investigações Criminais. Ele fica no lugar do procurador Dartagnan Cadilhe Abilhôa, que estava a frente da Promotoria de Investigações Criminais (PIC) desde 1994. A notícia da saída de Abilhôa foi adiantada pela Folha na semana passada.
A procuradora Maria Teresa Uille Gomes, que assumiu nesta segunda-feira o cargo de procuradora geral da Justiça, disse que faria todas as mudanças que achasse necessárias. ''Se eu quiser mudar o coordenador da PIC, vou fazê-lo. Quero dizer que vou mudar a maioria dos coordenadores dos centros de apoio. Isto não significa demérito nenhum. É uma questão de afinidades. Não é retaliação ou desprestígio'', alegou.
Todos os promotores da PIC, acostumados a trabalhar com Abilhôa, serão removidos para outros setores. Entre os promotores que deixarão a Promotoria de Investigações Criminais estão Fábio Guaragni, Paulo Kessler, Vani Bueno, Cláudia Martins e Armando Sobreiro. O novo promotor que irá trabalhar ativamente com as investigações criminais será o ex-capitão da Polícia Militar, Ramati Fávero, que assume o cargo ainda hoje.
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A grande expectativa é com relação a continuidade dos trabalhos do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco). Maria Teresa tem a intenção de somar aos trabalhos dos policiais militares, que estão dentro da PIC acompanhando todas as principais investigações há mais de dois anos, a uma nova estrutura. A intenção é alocar 20 policiais militares (três oficiais) e dez policiais civis (três delegados) para o trabalho conjunto com o Ministério Público. O Gerco tem atualmente diversas investigações em andamento. Entre elas, envolvimento de setores públicos com o narcotráfico em três grandes comarcas paranaenses.