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Gastos com campanha

Na corrida à Câmara, Yared teve os votos "mais baratos"

Luís Fernando Wiltemburg - Equipe Folha
10 nov 2014 às 09:29

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Christiane Yared arrecadou e gastou R$ 119,7 mil em sua campanha e obteve 200.144 votos
Deputada federal eleita com a melhor votação do Paraná, Christiane Yared (PTN) foi a que teve o voto mais barato entre os eleitos para a Câmara Federal: R$ 0,60. Já na outra ponta, o deputado federal reeleito Alfredo Kaefer (PSDB), que teve a campanha mais cara entre os eleitos, gastou o equivalente a R$ 57,90 para cada voto conquistado.

Os dados de doações e gastos de campanha do primeiro turno da eleição 2014 estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde a última quarta-feira. Dos 30 deputados federais eleitos pelo Paraná, apenas a prestação de contas do reeleito Alex Canziani (PTB) não está disponível. A assessoria do parlamentar disse que houve erro no envio dos números na data exigida, mas que a situação se regularizará até amanhã.

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Christiane Yared arrecadou e gastou R$ 119,7 mil em sua campanha e obteve 200.144 votos. Foi a segunda campanha mais barata entre os eleitos, ficando atrás apenas de Diego Garcia (PHS), cuja campanha custou R$ 116,2 mil. Com seus 61.063 votos, cada um custou R$ 1,90, R$ 0,74 mais caro do que "pagou" Takayama (PSC) para se reeleger.

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Na outra ponta, cada um dos 82.544 votos de Kaefer custou R$ 57,90 – a campanha do candidato custou R$ 4,78 milhões, a mais cara entre os eleitos.

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Já entre os londrinenses com as prestações de contas já divulgadas, Luiz Carlos Hauly (PSDB) pagou muito mais por seus votos para manter uma cadeira na Câmara que Marcelo Belinati (PP) investiu para se eleger pela primeira vez. O tucano investiu em sua campanha R$ 3,023 milhões para obter 86.439 votos – no cálculo, cada um custou R$ 34,98. Já o pepista gastou R$ 1,02 milhão na corrida eleitoral e obteve 137.817 votos, a um "custo unitário" de R$ 7,40.


Doadores

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A prestação de contas de campanha é uma forma de dar transparência à disputa eleitoral ao explicitar aos eleitores quem sustentou a campanha dos candidatos por meio de doações e onde as verbas arrecadadas foram investidas. Também é possível, atualmente, descobrir quais empresas fizeram as transações por meio de diretórios, que repassam os valores para os candidatos, eliminando assim as chamadas "doações ocultas".


Christiane Yared, por exemplo, teve grande aposta do comitê da candidata ao governo do Paraná Gleisi Hoffmann (PT). Praticamente 68% da arrecadação veio por intermédio da petista: R$ 81,3 mil no total.

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Já o londrinense Marcelo era aposta de Ratinho Júnior (PSC), o deputado federal eleito deputado estadual com a votação mais expressiva do Paraná, além de outros seis candidatos, entre os quais Maria Victoria (eleita deputada estadual pelo PP), Alexandre Curi (reeleito deputado estadual pelo PMDB) e Mauri Viana (candidato a senador não eleito pelo PTC). No total, ele recebeu R$ 114,9 mil desses doadores.


Porém, seus maiores doadores foram Telemont Engenharia de Comunicações, que repassou R$ 200 mil via direção nacional do PSC, e JBS, dona da Friboi, que doou duas parcelas de R$ 200 mil também via diretório nacional. Pelo mesmo método, ele recebeu R$ 25,6 mil da Galvão Engenharia, empresa citada na Operação Lava Jato.

Outros candidatos acabaram bancando a maior parte de suas próprias campanhas. É o caso, por exemplo, do reeleito Edmar Arruda (PSC). Dos R$ 2,99 milhões arrecadados, R$ R$ 2,63 milhões (88%) têm origem do próprio bolso do candidato. O reeleito Leopoldo Meyer (PSB) também custeou mais da metade de sua campanha: doou a si próprio R$ 337 mil dos quase R$ 514,5 mil (65,5%) de seu caixa de campanha.


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