A CPI estadual que investiga a rota da droga no Estado deve concluir seus trabalho em meados deste mês. O presidente da CPI, Algaci Túlio (PTB), disse ontem que não deverão ser prorrogados os trabalhos da comissão, que se encerram no dia 14 de dezembro. Os trabalhos da CPI da Assembléia Legislativa foram prorrogados duas vezes e, pelo regimento interno da Casa, não podem ser prorrogados novamente. "Vamos investigar mais somente se a CPI Nacional nos pedir algum trabalho extra no Estado, o que acho difícil já que eles divulgam amanhã (hoje) o relatório", disse Túlio.
De acordo com o deputado petebista, a CPI soma cerca de trinta nomes. Alguns constam entre os indiciados na CPI Nacional, conforme explicou Túlio. Entre eles, o ex-secretário de Segurança Pública Cândido Martins de Oliveira e o ex-delegado geral da Polícia Civil João Ricardo Képes de Noronha. Se for prorrogada, Túlio afirmou que ainda não sabe se a CPI Estadual vai continuar seus trabalhos durante o recesso. "Primeiro temos que ver se precisaremos realmente de mais tempo, e depois conversar com os deputados que compõem a Comissão para ver se eles concordam."
O deputado disse que estuda a possibilidade da CPI do Narcotráfico ser transformada em uma Comissão Permanente da Casa, como a CCJ - Comissão de Constituição e Justiça -, por exemplo. Para isso, a Comissão de Segurança Pública poderia ser transformada numa espécie de Comissão do Crime Organizado, que trabalharia ininterruptamente apurando o assunto no Estado. Túlio fez um balanço dos seis meses de investigações. "Os resultados renderam além do esperado. Contabilizamos quase dez prisões", lembrou o deputado.