A composição da comissão provisória que vai controlar o PSDB no Estado deve ser homologada nesta terça-feira pelo presidente nacional do partido, deputado José Anibal (SP). Nos bastidores, os comentários dão conta que um dos nomes fortes para assumir o controle da comissão, que terá sete membros, é o do presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB). Para fazer parte do grupo, ele precisa assinar ficha no PSDB.
Apesar de Brandão não comentar o assunto, sua entrada no ninho tucano era dada como certa. E os "neotucanos" - como estão sendo chamados - já estão agindo como os donos do partido. Nesta segunda-feira, Brandão esteve reunido com o deputado federal Affonso Camargo (PSDB) e o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PTB).
Beto, filho do ex-governador José Richa, estaria prestes a se filiar ao PSDB, recusando convite do PSB. Os três elaboraram uma lista de nomes para a comissão, como sugestão a Anibal. Além deles, devem compor o grupo o deputado federal Basílioo Villani - vice-presidente do diretório paranaense e autor do pedido de dissolução do diretório - e o empresário de Maringá Silvio Name.
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Apesar de peemedebista, Name é ligado ao ex-governador José Richa, de quem foi suplente quando Richa ocupou vaga no Senado. O grupo de Richa e do presidente brasileiro da Itaipu, Euclides Scalco, voltou a dominar o partido. Eles não devem, pessoalmente, fazer parte da comissão. Richa garante que o PSDB não terá vínculos com o grupo do governador Jaime Lerner (PFL), mas o próprio Lerner já admite aliança entre os dois partidos nas eleições do próximo ano.
Os políticos ligados ao senador Alvaro Dias (PSDB) não concordam com uma possível entrada do prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), no partido. Alvaro renunciou ao mandato de presidente estadual para que seu aliado, o deputado federal Luiz Carlos Hauly, assumisse - com o objetivo de impedir a entrada de Cassio.
A executiva nacional não aceita o domínio de Alvaro no partido, e decidiu, na semana passada, dissolver o diretório estadual. Alvaro está sendo expulso por ter assinado o requerimento de criação da CPI da Corrupção, proposta pela oposição para investigar o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). No entanto, Affonso Camargo também assinou o requerimento e sua ficha foi abonada no PSDB.