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Obras inacabadas desafiam governo Lula

Redação - Bonde
04 mai 2003 às 17:50

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Em 1983, o presidente do Brasil era o general João Batista Figueiredo. Foi nesse ano que ele iniciou as obras do Projeto Pontal Norte/Sul, em Petrolina. A promessa era levar água ao semi-árido de Pernambuco, irrigando uma área de 7,8 mil hectares. J

á a maior preocupação de Luiz Inácio Lula da Silva era fazer do PT que presidia um partido de massas. Vinte anos depois, está nas mãos de Lula o poder de fazer com que essa e inúmeras outras obras deixem de ser mais um projeto inacabado no País. ''Dentro das possibilidades dos recursos que temos, nenhuma obra começada vai ficar paralisada porque foi iniciada por outro governo'', prometeu.

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Trabalho não vai faltar. Espalhadas em diversos municípios, as obras inacabadas fazem parte de um velho hábito da cultura política brasileira. Desde que foi iniciado, o Projeto Pontal começou a avançar só nos últimos anos. Já foram gastos R$ 85 milhões, mas faltam R$ 75 milhões. Pelos cálculos do superintendente da Companhia de Desenvolvimento do Vale de São Francisco (Codevasf), José Novaes Diniz Carvalho, o projeto poderia ser concluído em 5 anos, não 20.

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''Não houve empenho necessário e o resultado é o contraste entre a miséria e a prosperidade em áreas próximas do Pontal. Há uma cerca que divide projetos vizinhos prontos e o Pontal não finalizado'', diz Carvalho. A parte sul já tem 90% das obras concluídas, a norte, 10%. Só que, ao assumir, o atual governo interrompeu o envio de dinheiro e o projeto voltou a ficar parado. Se houvesse empenho e recursos, em dois anos 15 mil pessoas poderiam ser beneficiadas.

O presidente Lula ordenou aos ministros que façam um inventário das obras inacabadas ou paralisadas por falta de recursos. Hoje, não se sabe o tamanho do desperdício.


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