O governo Roberto Requião (PMDB) ainda não sabe o que vai fazer com as obras de reforma do Canal da Música, em Curitiba. Profissionais envolvidos no projeto arquitetônico, na licitação e na execução das obras participaram nesta segunda-feira de uma reunião promovida pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (Sedu) com os integrantes da comissão que está avaliando supostas irregularidades envolvendo contratações e o custo dos serviços. O encontro não foi aberto à imprensa.
O secretário de Desenvolvimento Urbano (Sedu), Renato Adur, segundo sua assessoria de imprensa, só irá falar oficialmente sobre o assunto quando tiver um parecer final da equipe técnica que está avaliando o projeto. Nesta terça-feira, essa comissão, que reúne representantes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), fará uma nova reunião.
A reforma do Canal da Música foi contratada na gestão Jaime Lerner por R$ 1,9 milhão. O projeto é do arquiteto João Guilherme Ficinski, filho do ex-secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano Lubomir Ficinski. Nesta segunda-feira João Guilherme deu explicações ao secretário sobre seu projeto, que prevê a construção de três estúdios de gravação com paredes revestidas de vidro, principal alvo da polêmica. Logo que assumiu, Requião determinou a paralisação das obras e designou uma equipe técnica para uma avaliação do projeto.