O Grupo Dignidade, organização não governamental voltada à promoção da cidadania LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), criticou nesta quarta-feira (17) a possível concessão do título de cidadão honorário de Curitiba ao pastor Silas Malafaia.
Em sua justificativa, a vereadora Carla Pimentel (PSC), autora da proposta, justifica que o líder da Igreja Assembleia de Deus representa um grande número de protestantes e realiza várias ações para melhoria de vida da população.
A ONG afirma, por meio de nota, que tem acompanhado a atuação de Malafaia no programa Vitória em Cristo, em seu site na internet e em audiências públicas na Câmara dos Deputados e que suas declarações são preconceituosas.
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"Respeitamos o direito à liberdade de expressão e de crença e entendemos que o pastor tem o direito de ter suas convicções pessoais, porém é nocivo ao direito constitucional da não-discriminação e da dignidade da pessoa humana utilizar-se dos meios de comunicação para incitar o preconceito e o ódio a setores da sociedade que não se enquadram nessas convicções", diz trecho do documento.
Entre as frases do pastor, citadas pela entidade, estão: "a homossexualidade é uma rebelião consciente contra o que Deus estabeleceu na Criação", "a homossexualidade é uma distorção do que Deus criou" e "Se toda prática deturpada, pecaminosa, imoral for legalizada, onde vai parar a nossa sociedade? Se a sociedade legalizar suas aberrações, ela se destruirá. Um erro moral nunca pode ser um direito civil."