Parlamentares de oposição protocolaram nesta segunda-feira (9) um novo pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O documento foi entregue pessoalmente ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Leia mais:
Alto nível político precisa se engajar para decidir cifra do financiamento climático, diz negociador da COP29
Em fórum, Lula defende revisão e novos acordos comerciais com o México
STF anula condenação a cientistas que desmentiram fake news sobre diabetes
Anatel derrubará cerca de 500 bets nos próximos dias e apostador deve retirar dinheiro já, diz Haddad
Segundo o grupo, o documento reúne assinaturas coletadas nos últimos dias -principalmente durante a manifestação bolsonarista do 7 de Setembro na avenida Paulista. O número de assinaturas e a íntegra do texto ainda não foram divulgados.
Após a reunião com Pacheco, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o foco deste novo pedido é a suspeição de Moraes.
"O que aconteceu no 7 de Setembro não foi um ato de apoio a político nenhum. Aquela quantidade gigantesca de pessoas nas ruas da Paulista mais uma vez é um sintoma claro de que a nossa democracia continua doente", disse Flávio.
Entre outros pontos, bolsonaristas alegam que o ministro não deveria ficar à frente do processo sobre os ataques de 8 de janeiro de 2023 por ser uma das supostas vítimas dos golpistas, diante da descoberta de planos para matá-lo.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que esta é "mais uma etapa da campanha nacional pelo impeachment de Alexandre de Moraes" e, assim como outros parlamentares, cobrou a mobilização popular contra o ministro.
Na mesma linha, a presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, Caroline de Toni (PL-SC), confirmou a votação nesta terça (9) do projeto de lei que trata da anistia aos condenados pelos atos golpistas.
Apesar de ter se reunido com o grupo nesta segunda, Pacheco mantém sua posição contrária ao impeachment de ministros, segundo interlocutores. A decisão do senador de receber o documento em mãos, dizem, se deu em respeito aos parlamentares.