Depois de passar a manhã discutindo com a base aliada mudanças na proposta da reforma da Previdência, o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e o ministro da Casa Civil, José Dirceu, iniciaram o diálogo com a oposição na Câmara.
Os dois conversam, neste momento, com os líderes do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA) e do PSDB, Juthay Júnior (BA) sobre a possibilidade de alterar o texto do Executivo para reduzir as tensões com o funcionalismo público.
O líder pefelista afirmou, ao chegar para a reunião, que considera positiva a nova rodada de negociações porque demonstra o respeito do governo pelo Congresso Nacional e pela Justiça.
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Questionado se a manutenção da integralidade das aposentadorias para os servidores públicos atuais não significaria uma redução dura na amplitude da reforma do governo, Aleluia lembrou que não é possível transformar todo o sistema previdenciário de uma só vez.
"Ninguém faz reforma de uma vez só. Fernando Henrique conseguiu avanços importantes, o governo Lula certamente fará avanços e o próximo governo também terá missões importantes nesta área, que é um assunto em ebulição no mundo todo. Não é no Brasil que vamos resolver tudo de um golpe só".
Jutahy Júnior foi mais crítico e disse que não se manifesta até que o relator José Pimentel (PT-CE), entregue o parecer para análise na Comissão Especial.
"Eu sempre disse, não vamos falar nada antes porque o que o governo falava, não valia depois. Como o que o PT falou na campanha, não valia, precisamos saber no papel a posição do governo para discutir", afirmou. O relator José Pimentel também participa do encontro.