Mais uma viúva de ex-governador do Paraná solicitou pensão esta semana, que foi marcada pelo protesto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra a aposentadoria paga aos ex-governadores de Estado em todo País. Foi a viúva do ex-governador do Estado Adolpho de Oliveira Franco, Rosa Macedo de Oliveira Franco, que passa a receber cerca de R$ 24 mil por mês após liberação da Secretaria de Estado da Administração.
A viúva de Adolpho de Oliveira Franco, que exerceu o mandato de governador do Estado entre maio de 1955 e janeiro de 1956 e faleceu em 2008, só pôde pedir a pensão por conta de uma recente mudança na legislação. No final do ano passado, o deputado estadual Antonio Anibelli (PMDB) apresentou um projeto de lei alterando a exigência de no mínimo um ano de mandato para ter direito ao benefício.
Contando com Rosa, são cinco as viúvas de ex-governadores do Paraná que recebem pensão: são as viúvas de José Richa (que exerceu o mandato entre março de 1983 e maio de 1986); de Bento Munhoz da Rocha Netto (entre janeiro de 1951 e abril de 1955); de José Hosken de Novaes (como substituto, entre julho e setembro de 1980 e entre maio de 1982 e março de 1983); e de Mario Gomes da Silva, que foi interventor do Estado entre outubro de 1946 e fevereiro de 1947.
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Além das viúvas, nove ex-governadores de Estado recebem o benefício mensal. Ontem, porém, mais um ex-governador do Paraná também conseguiu a aposentadoria: Orlando Pessuti (PMDB), que requisitou o benefício no começo do ano, conseguiu ontem a autorização da Secretaria de Administração e já vai receber o dinheiro neste mês.
Pessuti ficou como governador do Estado somente entre abril e dezembro do ano passado. Há outros casos parecidos, de políticos que não cumpriram integralmente o mandato, mas recebem a aposentadoria: João Mansur (entre julho e agosto de 1973); João Elísio Ferraz de Campos (maio de 1986 a março de 87); e Mário Pereira (abril de 1994 a 1º de janeiro de 95).
O senador Alvaro Dias (PSDB), que também recebe a aposentadoria desde dezembro último, se negou ontem a comentar sobre um pedido que fez no final do ano passado e que está sendo analisado pela Procuradoria Geral do Estado: ele quer receber cinco anos de retroativo, relativo a um período em que ele tinha direito a receber a aposentadoria, mas ainda não tinha feito a solicitação, conforme noticiado com exclusividade pela FOLHA, quarta-feira. Em seu Twitter, Alvaro escreveu que ''quando concluir o processo burocrático, falarei a respeito da aposentadoria dos ex-governadores''.