O primeiro vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT/RS), disse nesta segunda-feira que caberá ao PFL a decisão de manter ou não a indicação do senador Antônio Carlos Magalhães (PLF-BA) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça. O senador baiano vem sendo alvo de denúncias de envolvimento em escutas ilegais de telefones feitas no seu estado.

Segundo Paulo Paim, o PFL, a quem cabe a indicação para a presidência da CCJ terá que escolher um nome ainda esta semana para que os trabalhos não fiquem prejudicados. "Se o PFL entender que não é o Antônio Carlos, vai ter que indicar o presidente da comissão, já que compete ao partido a indicação", afirmou o primeiro vice-presidenete do Senado.

Perguntado sobre a participação do Congresso Nacional nas investigações das denúncias dos grampos telefônicos na Bahia, Paulo Paim, disse que a tendência é de que, uma vez provocado, o Conselho de Ética do Senado aprecie a matéria. "Essa seria a solução mais viável, mas até o momento não vejo clima e nem a necessidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, se a própria comissão pode resolver esta questão", ressaltou Paulo Paim.