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Tema da Semana

Paraná vive clima de insegurança às vésperas da eleição

Claudio Yuge
18 set 2002 às 16:50

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Esposas de PM´s protestam na Assembléia Legislativa, durante negociação sobre gratificação salarial da categoria - José Suassuna
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Há poucas semanas das eleições, os paranaenses vêm reforçada uma de suas maiores preocupações: os alarmantes índices de violência no estado. O aumento do número de ocorrências nas principais cidades, o protesto de esposas de policiais militares e até crimes com requintes de crueldade pipocam na mídia enquanto os eleitores tentam escolher seu próximo candidato.

Para agravar esse panorama, os funcionários da segurança pública no Estado estão insatisfeitos com a base salarial e reclamam também dos índices de reajuste e gratificação salarial. No último final de semana as esposas dos policiais militares reivindicaram abono de 120% - como foi pago para a Polícia Civil - e o governo ofereceu 130%, a serem pagos em três parcelas. A categoria discordou da oferta e, o policiamente da capital ficou praticamente nulo na sexta-feira. Além de trabalharem em "operação tartaruga", vários quartéis foram bloqueados pelas mulheres; pneus de viaturas foram murchados e os rádios das patrulhas ficaram inoperantes.

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Diante desse clima, os eleitores procuram saber, através das propostas dos candidatos, medidas com relação a segurança para o próximo governo. O Bonde Eleições traz as promessas e como os principais candidatos ao governo do Estado pretendem lidar com a segurança na próxima gestão.

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Alvaro Dias (PDT)
Segundo Alvaro, sua equipe já definiu um plano de segurança para os quatro anos de administração. O pedetista promete investir R$ 4,7 bilhões no setor de segurança pública, além de duplicar o efetivo da Polícia Civil e aumentar em 25% o número de funcionários na Polícia Militar. Alvaro garante que o governo vai tomar posturas mais enérgicas, com a idéia de "tolerância zero" para combater a criminalidade.

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Roberto Requião (PMDB)
Requião cita dados apurados na CPI do Narcotráfico, em que as polícias Civil e Militar aparecem envolvidas com o crime organizado. O peemedebista pretende, como primeira ação de segurança, promover uma operação de "limpeza" nas corporações e prometeu assumir pessoalmente a Secretaria de Segurança Pública, antes de nomear um secretário.


Padre Roque (PT)
O petista divide em quatro os principais problemas na segurança pública. A marginalização da população, que influencia no aumento do número de novos criminosos; o crime organizado que, segundo Roque, é o maior gerador da insegurança no País; o sistema penitenciário, incompleto e inadequado; e a participação da polícia no crime organizado. Além de insistir na resolução desses quatro pontos, ele ainda defende a unificação dos comandos.


Rubens Bueno (PPS)
O candidato pretende mapear onde estão os maiores problemas e a partir daí aplicar políticas sociais adequadas com ação de força-tarefa da Polícia Militar, Civil e Federal em parceria com entidades organizadas. Bueno também destacou como plano de segurança o treinamento e teste vocacional adequado para a inclusão de novos membros nas corporações.

Giovani Gionédis (PSC)
Gionédis pretende reduzir a criminalidade através de ações preventivas e educativas, além de reavaliar a estrutura de segurança do estado e unificar o comando das Polícias Civil e Militar em um único Departamento de Polícia. Desta forma, Gionédis acredita que o trabalho investigativo da Polícia Civil e o patrulhamento e prevenção de crimes da Polícia Militar poderiam reduzir a violência e a criminalidade.


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