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Partidos se preparam para as eleições de 2002

Maria Duarte - Folha do Paraná
14 jul 2001 às 15:31

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Os partidos já começaram a definir quem ficará no comando das siglas durante o processo da disputa eleitoral, em 2002. Os partidos estão definindo os presidentes estaduais, que terão a missão de negociar coligações e conduzir a escolha de candidatos para governo do Estado (incluindo vice), Senado, deputados federais e estaduais.

As eleições foram realizadas em alguns partidos de peso e também nos "nanicos". Em maio, o PMDB reconduziu o senador Roberto Requião à presidência no Paraná. Requião é pré-candidato ao governo. O PMDB pode reeditar alianças anteriores e se coligar com o PT e PDT.

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No cenário nacional, Requião defende que o PMDB deixe de emprestar respaldo ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Uma das medidas locais tomadas nessa direção foi a decisão do PMDB paranaense de apoiar a candidatura do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, para a presidência nacional do partido, na convenção marcada para o dia 9 de setembro. O governador mineiro quer disputar a sucessão de FHC. Os peemedebistas paranaenses querem emplacar o nome do ex-deputado Paes de Andrade como vice na chapa de Itamar. Na avaliação de Requião, a presença de Paes de Andrade é a garantia de que o PMDB vai romper com o governo FHC e não vai recuar da candidatura própria à presidência da República.

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Após uma série de discussões com o comando nacional, o PTB elegeu neste sábado o deputado Valdir Rossoni como presidente no Estado, para mandato de três anos. Os petebistas defendiam que o comando ficasse nas mãos de um deputado estadual. O presidente nacional, José Carlos Martinez, garante que o apoio à candidatura do ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PPS) não será retirado. Ciro Gomes assume discurso de oposição a FHC. No Paraná, o PTB integra a base de sustentação ao governador Jaime Lerner (PFL), e pode ter candidato próprio à sucessão estadual ou apoiar candidato da coligação. Rubens Bueno (PPS) quer participar da corrida rumo ao Palácio Iguaçu e, em tese, conta com a simpatia de Ciro Gomes.

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O PDT será comandado até o início do ano que vem, quando acontece a convenção, por Nelton Friedrich, o coordenador-executivo do Fórum Popular Contra a Venda da Copel. Friedrich tem sido um dos críticos mais incisivos do projeto de Lerner de levar a Copel a leilão em outubro ou novembro deste ano.


O PSDB ainda não tem data definida para realizar a convenção estadual, que deve ocorrer entre novembro e dezembro. Por enquanto, o deputado federal Luiz Carlos Hauly está no comando até dezembro. Ele substituiu Alvaro Dias, que renunciou ao cargo e emplacou um aliado como presidente dos tucanos paranaenses.


O PT deve realizar a convenção em setembro, e estuda a possibilidade de ter candidato próprio. O atual presidente é o vereador André Vargas, de Londrina.

O PSC, partido pequeno que tem planos de crescer no Paraná, está sob o comando do ex-secretário da Fazenda de Lerner, Giovani Gionédis - que foi demitido em novembro do ano passado durante uma conturbada mini-reforma administrativa promovida pelo governador. Gionédis tem profundo conhecimento da situação dos cofres públicos, além de ter motivos para guardar mágoas do governo.


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