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Mais espaço

PDT agora exige cargos na Educação

Agência Estado
14 abr 2013 às 10:06

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Partido que integra a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff, o PDT quer recorrer à tática do "loteamento cruzado" para garantir mais espaço na máquina pública a seus integrantes. O plano será colocado em curso caso o partido não consiga demitir do Ministério do Trabalho, sob seu comando, o secretário Manoel Messias Melo, que é filiado ao PT e diretor licenciado da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A prioridade, em um primeiro momento, foi desalojar Messias, que comanda as Relações do Trabalho da pasta. Em recente conversa com o secretário, o novo ministro, Manoel Dias, da cota pedetista, não escondeu o jogo: afirmou que precisava da cadeira.
Foi quando Dilma entrou no jogo para conter a disputa entre o PT e o PDT. Mandou o ministro manter Messias no mesmo lugar. Conduzido ao cargo há um mês, como exigência do PDT para apoiar o projeto reeleitoral da presidente em 2014, o titular do Trabalho disse a pelo menos três interlocutores que, se não puder desalojar o secretário, vai recorrer à sua ideia heterodoxa: pedirá vagas no Ministério da Educação, sob o comando do petista Aloizio Mercadante.

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Na avaliação de dirigentes do PDT, essa seria uma forma de "compensar" a legenda por não conseguir "porteira fechada" no ministério. O jargão é usado na política quando todos os cargos de uma repartição ficam sob controle da mesma sigla.

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Imexível

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Além de Messias, que na Secretaria de Relações do Trabalho tem controle sobre os registros dos sindicatos brasileiros, o pedetista Dias emprega outro petista conhecido. Trata-se de Paul Singer, secretário de Economia Solidária do ministério.
Singer, porém, é considerado "imexível" por ser histórico no PT, ter 80 anos e dirigir uma fatia do ministério que não desperta cobiça. "O problema é que Messias está lá a serviço da CUT e do PT. Eu avisei o Lupi: se ele ficar, vou reforçar a oposição ao governo Dilma", insiste o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, numa referência ao ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, que comanda o PDT.


Messias diz estar "indignado" com a cobrança de Paulinho. "Desde que entrei no Ministério, levado pelo (ex-ministro) Brizola Neto (em junho do ano passado), saíram 140 registros de sindicatos de trabalhadores. Deste total, 80 não informaram filiação a nenhuma central, 20 eram filiados à Força e outros se dividiam entre a CUT e a Nova Central. Como dizer que eu estou beneficiando a CUT?", protesta o secretário de Relações do Trabalho. "A disputa deve acontecer na base, e não no ministério", afirma.

No mês passado, diante da polêmica, o ministro do Trabalho afirmou ao Estado que a recondução da ex-secretária de Relações do Trabalho Zilmara Alencar, ligada a Lupi, não havia sido discutida com o PDT. Mesmo assim, ressalvou: "Nem sempre é possível fazer o que eu quero". Procurado novamente pela reportagem na sexta-feira, o ministro preferiu não se manifestar de novo sobre o assunto.


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