A executiva nacional do PDT desautorizou nesta sexta-feira qualquer negociação da coordenação estadual da campanha de Alvaro Dias, ao governo do Paraná, com o candidato do PSDB à sucessão presidencial José Serra. De acordo com o vice-presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, a aliança selada no segundo turno com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva acaba com qualquer hipótese de liberação do PDT do Paraná para o apoio a Serra.
"Esta hipótese está descartada. Já decidimos e vamos apoiar o Lula em todo o Brasil. Isso vale também para o Paraná", declarou ele, em entrevista à Folha. A tese de adesão à campanha de Serra tomou corpo no início da semana, quando o PT do Paraná formalizou seu apoio a Roberto Requião (PMDB), adversário de Alvaro no segundo turno. O PDT estadual esperava a neutralidade do PT, haja vista que Alvaro também se comprometeu a pedir votos para Lula.
Apesar de terem sido expulsos do PSDB, no ano passado, depois de aderirem à CPI da Corrupção, proposta contra o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a família Dias ainda mantém canais com os tucanos, mesmo pertencendo hoje aos quadros do PDT. Para se ter uma idéia o senador Osmar Dias (PDT), irmão de Alvaro e articulador político da campanha ao governo do Estado, chegou a ser convidado para coordenar a campanha do tucano no Paraná. Tucanos mais antigos como o ex-deputado Helio Duque defendem abertamente a dobradinha Alvaro-Serra.
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Procurado pela Folha, Alvaro Dias comentou a orientação. ''Proibir-nos de algo que nunca cogitamos é até risível'', declarou. Segundo ele, desde o início da campanha a orientação para o partido no Paraná foi de respeito às decisões da executiva nacional. Sobre as conversas de Osmar com articuladores da campanha de Serra, Alvaro disse que ''é legítimo que Serra e seus articuladores busquem alianças'' e concluiu informando que o PDT do Paraná tem recebido propostas de alianças, mas em momento algum a proposta partiu dos integrantes da sigla no Estado.
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